sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Drama Da Gatinha Preta e Das Suas 5 Crias

Atrocidades e Crimes Das Estruturas da CML.



 A gatinha preta acabada de recuperar da Serra da Luz, juntamente com as suas crias, depois da odisseia relatada neste texto e nos outros sobre o memo tema...

Pode ler o resumo de toda a história, com os pormenores que interessam, NESTE TEXTO publicado recentemente (Setembro de 2012)


O início desta história começa AQUI. Este texto é uma actualização para dar conta do Estado da situação, passados 9 dias (nove) do início da intervenção da Polícia Municipal, depois de eu ter escrito várias reclamações e mensagens sobre o tema aos dsiferentes departamentos da CML, como os exemplos que transcrevo abaixo.
A minha vida, estes últimos dias tem sido um inferno, vivido em constante sobressalto e aflição. O PIOR PROBLEMA, ignorado, DOS MAUS TRATOS AOS ANIMAIS, são os maus tratos para com as pessoas que se preocupam com os animais.

Vou transcrever as mensagens, enviadas depois de publicado o texto anterior, pela ordem em que foram escritas.

Mensgens enviadas para: municipe@cm-lisboa.pt; geral@cm-lisboa.pt; aml@cm-lisboa.pt; pm@cm-lisboa.pt e transcritas em Atendimento online.

1. "Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33
Date: Wed, 11 Aug 2010 14:43:37 +0000

Exmo. Senhor Comandante da Polícia Municipal de Lisboa
Escrevi, há 5 dias, a mensagem abaixo mas, até agora, não obtive qualquer resposta nem o problema foi resolvido. Já o acto (que agora parece ter sido premeditado) de rebocar a carrinha com a ninhada dentro, é duma maldade inultrapassável e intolerável numa instituição que devia fazer exactamente o contrário: fazer respeitar e respeitar as leis, nomeadamente as de defesa e protecção dos animais.
O que dizer da situação actual e da ausência de resposta adequada de TODOS os responsáveis?
É revoltante a forma como a actuação da Polícia Municipal complicou, até aos limites do absurdo, uma situação de fácil resolução, que só não foi resolvida de forma simples e célere porque os 2 agentes da P.M. que se deslocaram ao local, não quiseram.
O Agente Miranda estava muito mais preocupado com o seu relógio (disse claramente que o seu relógio era muito mais importante para ele do que a ninhada de gatinhos dentro da carrinha) apesar de estar ali em serviço e dever fazer cumprir as leis de defesaa e protecção dos animais em vez de estar preocupado com o seu relógio... que não tem protecção legal; e a sua colega afirmou, inequivocamente: "os felinos safam-se", dando a entender que, terminada a sessão de "caça à multa", nada mais os preocupava.
Ou seja: "os felinos safam-se" (ou não, não importa. O que não se vê, ou não se quer ver, não conta) e os srs. agentes tratavam de "se safar" também, aproveitando o facto de terem sido chamados ao local, para passar umas multas... e só isso.
Claro que, tendo sido forçados a voltar ao local para fazer o que recusaram fazer, na primeira vez, era de esperar que contribuissem para agravar a situação ao invés de a resolver... e assim aconteceu.
O pior problema deste País é este mesmo: cometerem-se toda a espécie de atropelos e desmandos, de dentro das instituições, SEMPRE COM TOTAL IMPUNIDADE. É isso que faz com que a nossa situação seja tão desastrosa. Mas as pessoas acabarão por acordar para essa realidade...
Para que será que a sociedade suporta os encargos com instituições assim?
Para os agentes andarem, por aí, a inventar pretextos para passar multas?

Para retaliar do facto de eu ter feito a reclamação referida na mensagem anterior, os srs. agentes não hesitaram em molestar ainda mais os pobres animais (que, para eles, não têm qualquer importância, apesar das leis) e as suas hierarquias são complacenters com isso... vá-se lá saber porquê!
Diz o povo (e eu espero que tenha razão) que os maus tratos contra os animais nunca ficam impunes.
Eu espero ver a vossa desgraça individual e colectiva confirmar o provérbio.
O que a Polícia Municipal fez àqueles animais, e continua a fazer, apesar de todos os meus esforços para minorar os danos, não pode deixar de ter o castigo merecido...
Eu sou uma pessoa que não desisto de defender quem confia em mim, como é o caso da gatinha... e que encontro sempre uma "solução". Por esta situação, e pela forma como tem sido tratada, apesar dos meus esforços, posso imaginar a quantidade de atropelos cometidos por vós, por aí, e as respectivas terríveis consequências, quando encontram, pela frente, pessoas menos determinadas...
O vosso problema é não terem qualquer noção de limite, ignorarem a verdadeira lógica do Mundo e desconhecerem as terríveis consequências do ódio que semeiam...
Espero que chegue a vossa vez de terem uma urgência... atendida com presteza igual à da vossa atenção dada a este assunto... TÃO SIMPLES DE resolver.
Atenciosamente"

2. "Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33Date:
Wed, 11 Aug 2010 23:38:29 +0000

A situação descrita no email anterior teve, entretanto, novos desenvolvimentos... igualmente desastrosos.
Pouco antes das 18 horas de ontem soube, por intermédio da médica veterinária que costuma me ajudar na assistência aos animais, que o Canil teria recolhido uma das crias, de dentro da carrinha referenciada em "Assunto", que se encontra no parque de veículos abandonados, no Vale do Forno.
Dirigi-me imediatamente para o local e fui logo confrontada com informações contraditórias acerca da situação. Entretanto chegaram os funcionários do Canil, para recolher a(s) armadilha(s) (que estava vazia, a que eu vi). Disseram-me que tinham recolhido uma das crias e que havia outra que fugira da carrinha, restando, portanto, para capturar, essa mesma cria e a gata mãe. Dentro da carrinha, segundo a versão destes funcionários, não havia nenhum gatinho e o buraco por onde eles entravam e saíam tinha sido tapado.
Fui ainda informada de que a Polícia Municipal dera ordens para que eu fosse impedida de entrar e dar assistência à gatinha. Já antes tinha percebido pressões sobre os guardas do parque e respectivo chefe, para que estes me dificultassem a vida, não me permitissem dar comida e assistência á gatinha, etc....
A gatinha, que permanecia longe de alcance, debaixo dos carros, só veio ao meu chamado. E logo os funcionários do Canil ameaçaram que se aproveitariam para a apanhar, com violência (com rede), se eu não a retirasse do local. Apanhei a gatinha, mas quando estava a acertar os pormenores da ração que deixara, com o guarda de serviço, já depois do afastamento dos funcionários do Canil, percebi a presença de 3 das crias debaixo da carrinha em questão. Sendo óbvia a importância da mãe para manter as crias juntas, para as encaminhar para a comida e para facilitar a sua captura, fui até lá e deixei-a junto das crias. Percebi, claramente, o chamado, desesperado duma 4º cria que ficou retida dentro da carrinha e não conseguia sair.
Ou seja: as crias são 5 e não 2, como pretenderam me impingir os funcionários do Canil. Quatro estão no parque, 3 em liberdade e uma dentro da carrinha e a 5ª foi recolhida pelo Canil.
É inacreditável a incompetência e a insensibilidade dos funcionários da C.M.L. quanto a estas questões o que, COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER, tem resultados desastrosos em situações como esta que se complicam e agravam, complicam e agravam, complicam e agravam...
A Lei n.º 92/95 de 12 de Setembro, estipula, no capítulo III, artº 5º:
(...)se esses animais tiverem de ser capturados, isso seja feito com o mínimo de sofrimento físico ou psíquico, tendo em consideração a natureza animal(...)
Os funcionários do Canil fazem exactamente o contrário.
Aliás, o canil é um antro de perversidade, que actua ilegitimamente, SEMPRE.
Já antes, quando a carrinha ainda se encontrava estacionada na Azinhaga dos Barros, os funcionários do Canil, tendo sido chamados para retirar as crias de dentro da carrinha, preparavam-se para apanhar a gatinha mãe, deixando as crias abandonadas dentro da carrinha... E matando a gatinha mãe que, seguramente, não resistirá muitos dias em cativeiro, se apanhada nestas circunstâncias.
A vossa crueldade, gratuita, não conhece limites.
É por isso, pelo facto de o Canil actuar SEMPRE, de forma perversa e maldosa, que este é usado como forma de ameaça e chantagem sobre as pessoas em casos destes, como o foi, várias vezes, neste caso.
Com a colaboração da mãe gata, é fácil capturar as crias sem problemas e sem maus tratos... mas isso, que é o que está previsto na lei, é contra os "pergaminhos" do Canil (e vossos?).
A colaboração da mãe gata só eu posso assegurar...
No final disto tudo percebi a real intenção da proibição de eu ter acesso ao parque: em primeiro lugar para não me aperceber da continuação e agravamento dos disparates; em segundo lugar porque os agentes da Polícia Municipal e os funcionários do canil se preparavam para me enganar quanto ao número de crias dizendo que eram 2 e capturando 2 e era importante que eu não tivesse como perceber o logro....
Realmente conclui-se que essa gente é irrecuperável.
O que será que a vossa imaginação, em matéria de perversidade, reservará a estes pobres animais, amanhã?
Que mais motivos de indignação e de revolta ainda irei ter antes de terminar esta saga de absurdos e ilegalidades?"

3. "Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33
Date: Fri, 13 Aug 2010 01:12:33 +0000

Cá estou a escrever "o diário de Guerra" duma luta que parece não ter fim, em cuja um mínimo de dignidade e de rigor, nomeadamente no cumprimento da lei, já teriam resolvido o assunto HÁ MUITO.
Hoje (ontem dia 12 de Agosto a mensagem foi escrita de madrugada...), dirigi-me ao Canil, ao início da tarde e resgatei a cria que foi apanhada ontem, a cria estava e está aterrorizada, desorientada, traumatizada.


Como, ao contrário do que me tinham dito ontem (que apanhariam mais gatinhos), não encontrei mais nenhum no Canil, dirigi-me ao Parque de abandonados para saber o que se passava e como estavam os animais, bem como o que tinha sido feito para resgatar a cria que ficou presa dentro da carrinha.
Fui impedida de entrar (e de dar assistência à minha gatinha).
Telefonei para o chefe dos guardas que me disse que falasse com a Polícia Municipal.
Como não consigo ligar para os telefones da P. Municipal, dirigi-me ao repectivo comando para reclamar da situação. Foi-me dito, da parte do Sr. Chefe Procópio Chapa, que o assunto não era com a P. Municipal, era com os respectivos serviços da Cãmara... e que me dessem o livro de reclamações para reclamar...
Começou o "jogo do empurra" e eu que me entretenha a reclamar, enquanto se concretiza a façanha de traumatizar, mal tratar e aniquilar os pobres animais em questão.
Se a questão é com os serviços da Cãmara, porque é que o chefe dos guardas me disse que era com a Polícia Municipal?
Esta gentalha infame, comete todo o tipo de actos ignóbeis, e ainda gozam com as pessoas envolvidas e nos molestam, ainda mais, com toda esta falta de pudor, de dignidade e de vergonha.
Quando e quem põe cobro a isto que é a verdadeira desgraça deste País????

Telefonei para o Canil e falei com o sr. Albino Almeida que me disse que iriam ao local recolher as armadilhas e os animais que lá estivessem. Voltei ao parque em busca de alguma informação sobre a questão e disseram-me que tinham apanhado a gata mãe, SÓ.
Fiquei em pânico em vista das terríveis consequências de tão pérfido acto e telefonei para o Canil, várias vezes, até que, na impossibilidade de falar com o Sr. Albino Almeida, o próprio funcionário de serviço à portaria me transmitiu que tinha perguntado à brigada e lhe responderam que não tinham apanhado animal nenhum...
Acredito em quem? Depois de tanta infâmia, que se agrava todos os dias apesar das minhas reclamações?
Depois de todas estas "andanças", depreendi que a proibição de entrar no parque terá sido obra "individual" de agentes da P. Municipal e dos funcionários do Canil, ABUSIVAMENTE.
Quando é que se acabam, de vez, com estes abusos e prepotências, pérfidos? (Quando é que essa gente passa a ser punida adequadamente?)

Contudo, quanto à situação urgente da cria que ficou retida dentro da carrinha, em risco de vida, nada foi feito.
O canil não faz o que deve, que tem obrigação de fazer, mas faz o que não deve, como por exemplo maltratar os animais. Pelos vistos as estruturas responsáveis pela CML ignoram estas minhas mensagens (ou limitam-se a enviá-las para os serviços respectivos sem análise, apreciação do conteúdo e consequentes instruções no sentido de serem adoptados os procedimentos adequados pondo fim aos actos pérfidos e infames, o que dá no mesmo que ignorar)... Mas eu tratarei de usar estas mensagens para ilustrar a falta de pudor (e a demagogia) dos responsáveis da CML, bem como a sua cumplicidade nestes actos ignóbeis e ilegítimos.



A gatinha preta, como é actualmente... um doce.

Sistematizando:
O canil não tem legitimidade para capturar e reter estes animais, como estão a fazer, MAL TRATANDO OS ANIMAIS e a mim.
O que a lei diz, acerca dessa questão, é que
- "São proibidas todas as violências injustificadas contra animais"
- "Nos concelhos em que o número dos animais errantes constituir um problema, as câmaras municipais poderão reduzir o seu número desde que o façam segundo métodos que não causem dores ou sofrimentos evitáveis"
Estes animais não são errantes e nem fazem parte de alguma sobrepopulação (nem consta que isso esteja definido em algum caso)... e subsiste ainda a última decisão da Assembleia Municipal quanto a essa matéria, que torna ilegais TODAS as capturas feitas pelo canil.
Os funcionários do Canil foram chamados para resgatar as crias de dentro da carrinha E SÓ.
Não foram chamados por mim (nem os quereria envolvidos porque já sei como é) mas fui eu que desencadeei o processo e sei bem o porquê. Também me expliquei bem (como costumo), portanto, não vou engolir os mal-entendidos, os "procedimentos" e "as regras" (de bandidagem), como desculpa para abusos intoleráveis.
A gatinha não é problema deles e nem têm qualquer legitimidade para a molestar.
A gatinha foi levada por mim para junto das crias e será retirada quando as crias me foram entregues, ou quando me for dada a possibilidade de as apanhar, UMA VEZ QUE OS FUNCIONÁRIOS DO CANIL SÃO INCOMPETENTES.
Os funcionários da Canil são incompetentes nas suas funções e, por isso, estão a maltratar todos os animais, incluindo a gatinha, a quem obrigam a passar fome para a obrigar a entrar na armadilha, por isso me impedem de entrar e cuidar da gatinha, como é meu direito (e da gatinha). Isto já dura há 2 dias e tem de acabar imediatamente.
Ao invés de fazer o que devem essa gente entretem-se a fazer o que sabe fazer, maltratar os animais desnecessariamente (as crias são fáceis de apanhar) mas não trataram do problema que é realmente grave e é consequência da incompetência deles: resgatar, libertar a cria que se encontra presa dentro da carrinha.
Acredito que uma situação destas pode gerar uma onda de indignação em todas as pessoas que dela tiverem conhecimento e não pouparei esforços para a divulgar.
Atenciosamente."


Uma das crias da gatinha preta. Eram 3 tigrados (Iguais) e 2 siamês. Este esteve fechado dentro da maldita carrinha durante mais de 100 horas. É referido neste texto mais recente... Como vêem está tudo na mesma... ou a piorar.



Outra das crias da gatinha preta. Eram 2 siamês. Esta foi entregue para adopção... a outra desapareceu...


A seguir o último email que enviei à CML sobre este assunto:

To: municipe@cm-lisboa.pt; geral@cm-lisboa.pt; aml@cm-lisboa.pt; pm@cm-lisboa.pt
Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33
Date: Sat, 14 Aug 2010 18:25:30 +0000

O ponto da situação, actual, demonstra bem que uma boa parte dos problemas e crimes que existem na sociedade são provocados, instigados, pela má actuação das instituições, nomeadamente as polícias... E que a situação de descalabro que se vive, na nossa sociedade, é consequência directa dessa má actuação, QUE FICA SEMPRE IMPUNE, por mais que os cidadãos reclamem. Este exemplo demonstra bem que as reclamações, ao invés de servirem par resolver os problemas, são usadas pelos reclamados como forma de se eximirrem de cumprir as suas obrigações e darem resposta atempada aos problemas, como forma de ganharem tempo para consumarem os seus abusos e prepotências... e continuarem a ficar impunes.

Ontem, sexta-feira, dia 13 de Agosto de 2010, telefonei para o Canil Municipal de Lisboa, de manhã, preocupada com a cria retida dentro da carrinha desde 4ª feira, dia  11 de Agosto de 2010. Ao início deparei-me com o habitual muro de "impotência" (para corrigir os próprios erros). Talvez devamos dizer antes: ausência de vontade... 
Depois, de repente, já havia toda a boa-vontade do mundo, eu até poderia ir apanhar as crias de modo a acanbar de vez com a questão... e também se trataria do problema da cria retida dentro da carrinha. Ainda pensei que esta súbita manifestação de boa vontade e de bom senso se devesse a estas minhas reclamações, mas logo me foi dito que "subsistia" um problema: o dono da carrinha tinha informado que a levantaria, ontem e, se tal tivesse acontecido entretanto "não havia nada a fazer"...
Fui informada de que, afinal, o mau trato ilegítimo, desnecessário e absurdo, contra a fatinha mãe sempre se tinha concretizado: a gatinha tinha sido caprturada pelo canil e levada para as respectivas instalações... depois de sujeita a um período de fome prolongado, que a obrigou a ir comer dentro da armadilha.
Fui, a correr, resgatar a gatinha e constatei que estava desidratada e com muita fome, percebendo-se bem que foi obrigada a entrar na armadilha devido a ter sido sujeita a um per+iodo prolongado de fome... e também não comeu, NEM BEBEU, NADA depois de ter sido capturada... 
Logo a seguir, dirigi-me ao parque da abandonados, para tentar perceber o que fazer, e fui informada de que a carrinha tinha sido retirada, pelos donos, e que havia cria(s)(?), a miar, lá dentro. Quanto a verificar se tinham ficado crias, no parque, nem pensar. A proibição, ilegítima, prepotente e absurda, de me permitir acesso aos animais permanecia. Perante a minha afirmação da ilegitimidade do acto, a resposta (do chefe dos guardas que recusou identificar-se) foi: RECLAME!
Como se vê, não adianta reclamar, como não tem adiantado, até agora. E enquanto se mantiverem os procedimentos absurdos em relação às reclamações, e essa gente continuar impune de todos os abusos que comete, irá continuar a ser assim, por mais que isso moleste os cidadãos (munícipes) e lhes infernize a vida, por mais que isso incentive os comportamentos criminosos, como neste caso.

Juntei a gatinha com a cria que me foi devolvida pelo canil, mas a mãe, depoiis de verificar que a cria estava bem, exigiu saber do paradeiro das outras crias: não sossegava e miava desesperadamente. 
Dirigi-me, com a  gatinha, para o local donde a carrinha tinha sido rebocada e libertei-a. Ela conseguiu indicar a nova localização da carrinha e miava, desesperadamente, pelas crias. De dentro da carrinha ouvia-se o miado, desesperado, da cria ali bloqueada. A gatinha entrava e saía da carrinha, tal como fazia antes, mas não tinha acesso à cria. Das restantes 3 crias nem sinal. Não respondiam ao chamado, insistente, da mãe.

Dirigi-me à esquadra de Carnide e pedi ajuda para libertar a cria retida, mas os agentes que se deslocaram ao local não tinham a menor intenção de ajudar, por isso decidiram, em escassos 40 ou 50 segundos, que não ouviam nada... a gatinha continua desesperada à procura das restantes crias, mas a situação da cria retida dentro da carrinha é o que mais me preocupa, neste momento, porque a cria morre, se não for socorrida a tempo, e já passaram mais de 72 horas.
Devido a esse facto, telefonei para o atendimento urgente da CML, nº 808203232 e deixei mensagem para ser contactada. Fui contactada esta manhã mas, até agora, 18H56, o problema ainda não foi resolvido; ao invés disso, agravou-se. 
Parece que há alguém interessadíssimo em assassinar aquela cria (e fazer não sei o quê com as restantes 3 crias que eu suponho tenham ficado no parque de abandonados), e esse alguém conta com TOTAL IMPUNIDADE para os seus actos pérfidos, por isso me dizem, a cada passo: RECLAME!
Ao princípio da tarde de hoje, e porque a situação não me permite sossegar, nem dormir tranquilamente, contei a um amigo (o Engº Rui) a história e dei conta das minhas angústias. O sr. Rui achou que podia ajudar e foi tentar falar com a dona da carrinha, para que a cria fosse retirada. A mulher reagiu da mesma maneira irracional como vem reagindo desde o início, proferiu uma série de ameaças contra mim e, pior do que isso, chamou o filho mais velho que foi bater à porta da casa do meu filho e fazer escândalo. Ameaçou invadir a casa e fez várias ameaças e disse: - "Ninguém pode ficar em casa sempre! Quando saires à rua cais!". disse ainda: venho eu de Queluz por causa da merda dum gato.
O meu filho não estava em casa mas, se estivesse, como é seu direito, visto que a casa é dele, a situação (inteiramente criada pela má actuação de todas as entidades intervenientes) teria, certamente, consequências desastrosas. É assim que se engendram problemas, conflitos e violência, na sociedade, que são evitáveis e não aconteceriam, se as instituições actuassem correctamente. Esta história é (e continua a ser) um amontoado de absurdos, a ilustrar bem as reais causas do descalabro da nossa sociedade.
Quando será que as instituições percebem questões básicas como a de que, se se recusam a resolver os problemas quando eles são simples, eles acabarão por se complicar? Enquanto o problema não for resolvido eu não tenho sossego e tenho o direito de me queixar disso. Nenhum polícia, ou outro "operacional" qualquer, pode achar que tem o direito de me impôr os seus critérios... ainda por cima quando eles são cruéis e duma enorme falta de civismo, para além de serem ilegítimos.

Comuniquei a situação das ameaças à esquadra de Carnide, cerca das 17H02. Falei copm o sr. ag. Marques que mostrou a mesma má vontade que constatei, ontem, na actuação dos agentes que se deslocaram até à carrinha. Recusou-se mesmo a receber a denúncia, dizendo que era crime particular, de injúrias, e que teria que me deslocar a uma esquadra. Ainda tentou demover-me perguntando, insistentemente, se eu sabia a morada do indivíduo e só concordou em actuar, mandando alguém à casa do meu filho (mas não à casa de quem me fez as ameaças terroristas), quando eu lhe fiz notar que se tratava de ameaças de morte, com a indicação de que eu ficaria exposta logo que pusesse os pés na rua. Concordou em actuar, mas disse-me que havia uma situação urgente e que eu teria de esperar. São 19H19 minutos... ainda estou à espera. É o costume! Neste tipo de problemas a polícaia apenas contribui para molestar ainda mais as vítimas... depois de ter contribuído decisivamente para criar os problemas.
 



A mesma cria (Siamês) da gatinha preta




...
Peço, mais uma vez, a todas as pessoas que lerem esta história, que enviem emails aos serviços da Câmara, a mostrar indignação acerca desta questão e exijam ser informados do andamento dado ao assunto. As mensagens enviadas aquando da publicação do texto anterior tiveram algum efeito, mas insuficiente.
Essa gente não tem vergonha e, passada a onda, esperam que caia tudo no esquecimento, resultado de desesperarmos e desistirmos de denunciar. Por isso continuam, paulatinamente, a cometer os mesmos crimes de sempre.
Por favor, peço ajuda a todos!

«»«»«»«»
APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
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domingo, 8 de agosto de 2010

Não Denuncie Maus Tratos A Animais

O Drama Da Gatinha Preta e Das Suas 5 Crias





A gatinha preta acabada de recuperar da Serra da Luz, juntamente com as suas crias, depois da odisseia relatada neste texto e nos outros sobre o memo tema...




Não denuncie maus tratos a animais!
A única coisa que vai conseguir é agravar a situação dos animais... e encher os bolsos dos piores mal-tratantes de animais, dos piores facínoras para com os animais (e para com as pessoas), os responsáveis das instituições públicas e do poder e seus operacionais.
As leis que, cinicamente, dizem defender os direitos dos animais e proibir os maus tratos só se aplicam para isso mesmo: para passar multas e, com isso, encher os bolsos dos piores carrascos dos animais, dos piores exploradores dos animais, que os usam para tudo e até para maltratar as pessoas.
É com esse objectivo e só para isso que existe uma lei que proibe que se dê alimentos aos animais, que se socorram os animais que há, por aí, negligenciados e mal tratados pelas edilidades, para que as pessoas civilizadas se condoam e lhes dêem alimentos e cuidados que a edilidade tem obrigação de prestar e recusa, para que as edilidades tenham pretexto para multar as pessoas, sem todavia assumirem a obrigação de cuidar minimamente dos animais... embora os explorem no controlo do excesso de roedores (ratos).
Por isso, repito: NÃO DENUNCIE MAUS TRATOS A ANIMAIS... aos piores maltratantes, para que estes não se aproveitem para explorar ainda mais os animais servindo-se deles como pretexto para sacar dinheiro às pessoas, para as espoliar.

Atente na história a seguir, que ilustra, por excesso, o que se diz acima.



Uma gatinha preta, muito jovem, teve crias e, quando estas tinham menos de 15 dias, ainda nem bem abriam os olhos, tentou mudá-las. As 5 crias foram todas apanhadas debaixo dum carro, pelas pessoas que ali estavam, quando foram atacadas por um cão.
Vieram pedir-me socorro.
Recolhi as crias, dei-lhes leite de gata e tratei de devolvê-las à mãe porque as achei pequenas demais e corriam o risco de não sobreviver.
Era minha intenção vigiar a gatinha mãe (como fiz) e começar a apanhar as crias antes de elas completarem um mês, para lhes dar suplemento alimentar (e assim aliviar a mãe).
Porém, a gatinha foi esconder as crias no local que lhe pareceu mais seguro: o interior duma carrinha abandonada, que estava ali parada há anos.
Pouco antes de as crias completarem um mês, tentei reavê-las (ou pelo menos algumas) para alimentar e para encaminhar para adopção. A ajuda que encontrei foi a duns miúdos que moram na mesma zona e se ofereceram para contactar os donos da carrinha.
Um dia a mulher que diz que a carrinha é do filho (a carrinha está registada como propriedade duma mulher...) encontrou-me perto da carrinha e interpelou-me, intempestivamentre e apressadamente e foi correndo porque estava com pressa, sem me deixar explicar a situação. Depois essa mesma mulher encontrou-me e falou mais demoradamente dizendo que o filho “adora” animais, que estava ausente mas que, quando regressasse, iria tratar do problema, com certeza.
Passaram-se mais de 8 dias, até que os mesmos miúdos estavam comigo junto da carrinha e me disseram que ia ali o dono da carrinha (o filho da tal mulher), que andava a passear o cão.
Seguiu-se uma cena surreal:
Dirigi-me ao indivíduo mas antes que pudesse dizer alguma coisa, ele desatou a disparatar, dizendo que eram “gatos selvagens” e que não metia lá as suas mãozinhas. Os gatinhos ainda não tinham um mês e a mãe é extremamente meiga. Disse-lhe isso mesmo: que eram apenas gatinhos com um mês e, por isso, não podiam ter nada de selvagens e também não precisava de "meter lá a mão": eu apanhava os gatinhos.
Então a conversa mudou: passaram a ser gatinhos que ainda não estavam preparados para sair e só por isso não saíam, nem a mãe os tirava. Eu só queria os gatinhos para dar às minhas amigas (começo a necessitar, urgentemente, de mais amigas) e, por isso, não iria levar, da carrinha dele, gatinhos nenhuns...
Esperei, pacientemente, mais 10 dias, que aquela gente percebesse o absurdo do que diziam, ou que os gatinhos saíssem espontaneamente. Nada disso aconteceu.
Então comecei a temer pela sobrevivência dos gatinhos e a achar que eles não se teriam desenvolvido convenientemente, porque o leite da mãe não seria alimentação suficiente. Pior! A ser assim (é realmente assim) o problema agravava-se de dia para dia, com os gatinhos e necessitar cada vez de mais alimentação agravando as consequências da insuficiência do leite da mãe.
Além disso, como a carrinha estava estacionada num local permanentemente exposto ao Sol, a temperatura ali, nos dias de maior calor, era insuportável e certamente afectaria a saúde das crias devido à sub-hidratação.
Decidi pedir ajuda para a resolução do problema à Polícia Municipal de Lisboa, aonde me desloquei por 2 vezes. Da primeira vez não obtive solução nem qualquer vislumbre dela, apenas a promessa de que o assunto seria encaminhado, mas nem isso aconteceu, segundo me disseram aquando da segunda deslocação. Relatei o caso com pormenor, das duas vezes, e com todos os dados que permitiam perceber a urgência e necessidade de resolução, mas...
O verdadeiro drama (meu por tentar socorrer os gatinhos apesar de isso ser obrigação da edilidade e não minha, dos gatinhos por terem nascido num país governado e dirigido por gente infame) começou nesse momento: quando me dirigi à Polícia Municipal.
A transcrição que se segue, da reclamação que elaborei e entreguei no Comando da P. Municipal, no dia 04/08/2010, relata o primeiro acto do drama (um drama em vários actos):
Transcrição:
“Dirigi-me, por 2 vezes, à Polícia Municipal, em busca de ajuda para socorrer uma ninhada de gatinhos que estão retidos numa carrinha (matrícula OT-35-33) abandonada na Azinhaga dos Barros, em Lisboa.
Na segunda vez, sábado dia 30 de Julho de 2010, falei com a Ag. P. Conceição Ferreira, que me transmitiu que não havia disponibilidade de meios para enviar ao local e me sugeriu que falasse com a P.S.P. Assim fiz, no dia 02-08-2010, mas sem êxito: ninguém foi ao local para resolver o problema, apesar da promessa em contrário.
Hoje, pouco depois das 12 horas, recebi uma chamada do número 210920900, acerca do assunto e falei com um agente da Polícia Municipal (Ag. Miranda) que se encontrava no local e solicitava a minha presença. Em vista da minha impossibilidade de comparecer de imediato, disse-me que voltaria ao local cerca das 15H00 e perguntou se eu podia estar presente a essa hora. Anui e voltei a ser contactada, do número já referido, às 14H08.
Pensando que iam resolver o problema e retirar os gatinhos, dirigi-me ao local com uma transportadora e com comida para atrair a gata mãe. Qual não foi o meu espanto ao verificar que os Srs. Agentes da Polícia Municipal não tinham a menor intenção de resolver o problema mas foram, sim, numa de “caça à multa”, a tal ponto que o Sr. Ag. Miranda me solicitou os dados de identificação, com o pretexto de que eram necessários para relatar o assunto ao comando a fim de este ser resolvido com urgência mas, logo recolher os meus dados de identificação, confessou as suas verdadeiras intenções e objectivos, dizendo que tinham recebido uma denúncia e teria de fazer uma participação de alimentação de animais... QUANDO FOI ELE QUE ME ATRAIU AO LOCAL, enganando-me (...) Isto é proibido por lei. Mas como os Srs. Agentes revelaram total ignorância relativamente às leis aplicáveis à situação e nenhuma sensibilidade, TUDO LHES É PERMITIDO.”

Ao final desse mesmo dia (04-08-2010) ainda liguei para a P. Municipal e exigi saber do seguimento dado ao assunto, uma vez que me disseram ser necessário obter os meus dados de identificação para relatar ao comando e o assunto ser tratado com urgência...
Fui atendida pelo Sr. Chefe Procópio Chapa que começou por me dizer que tinha presente a minha reclamação e que o assunto teria seguimento, não sabia era dizer quando...
Retorqui que o seguimento da reclamação, que se destina a ser apreciada pelo Presidente da Câmara, não tinha nada que ver com a necessidade de resposta imediata exigida pela situação e prometida pelo Ag. Miranda quando recolheu os meus dados de identificação. Ainda tive de invocar a lei de protecção dos animais, de informar que a actuação do Canil, de captura e retenção dos animais é ilegítima, e que ainda o é mais depois de a Assembleia Municipal ter decidido a suspensão das capturas até... e foi o sr. Chefe Procópio Chapa que completou a frase... Ou seja: o Canil continua a fazer capturas, ILEGAIS, conscientemente, frequentemente às ordens das Polícias, apesar de "eles" conhecerem a lei e as regras aplicáveis, como pude constatar nesta conversa.
O Sr. Chefe Procópio rematou dizendo-me que iria dar instruções aos agentes de como resolver o problema, no dia seguinte, de manhã.
No dia seguinte (05-08-2010), a Intervenção dos agentes da P. Municipal continuou a ser desastrosa e agravou ainda mais a situação.
Os gatinhos não foram retirados de dentro da carrinha, mas o Canil foi chamado e os funcionários preparavam-se para apanhar a gatinha mãe e levá-la para o Canil... matando a gatinha e deixando as crias sem alimento.
Dei conta da desastrosa actuação dos agentes da P. Municipal logo após, em telefonema atendido pelo Sr. Sub-Comissário Silva Catarino, que me fez notar a quantidade de meios usados e de tempo gasto (o que não me comove nada porque os resultados positivos e úteis foram nenhuns, bem pelo contrário).
Mais tarde, voltei a “dar conta” do agravamento da situação e a solicitar intevenção urgente, em mensagem escrita no site da C.M.L. de cuja não recebi qualquer “feed back”
A meio da tarde do dia 06-08-2010, sexta-feira, escrevi, ao Comando da P. Municipal, o email com o seguinte teor:
“Exmo. Senhor, Desde há cerca de 15 dias que estou a tentar resolver o problema duma ninhada de gatinhos retida na carrinha que estava abandonada na Azinhaga dos Barros, cuja matrícula indico acima.Não tendo sido possível obter a colaboração do indivíduo que se apresentava como dono da carrinha (afinal parece que a carrinha está registada como propriedade duma mulher), insisti, pacientemente, durante 15 dias, até na esperança de que os gatinhos saíssem espontaneamente... Tal não aconteceu.
Na semana passada dirigi-me à Polícia Municipal, por 2 vezes, tentando obter colaboração para tratar deste assunto e, na segunda feira desta semana, dirigi-me à PSP, porque a Polícia Municipal não tinha disponibilidade de meios, segundo me informaram (informação que me foi transmitida pela Sra. Ag.P. Conceição Ferreira).
A PSP também não actuou, apesar da promessa em contrário.
Anteontem fui contactada, por 2 vezes, por um agente da Polícia Municipal e pensei que teria chegado o momento de resolver o problema de vez. Mas a actuação dos agentes que se deslocaram ao local foi deplorável e deu origem à minha reclamação escrita e entregue nesse comando, no mesmo dia.
Ontem, esses mesmos agentes deslocaram-se de novo ao local, com grande aparato, mas o resultado foi o mesmo: o assunto não foi resolvido e agravou-se devido à actuação desastrosa desses agentes e porque as leis que interessam à sociedade não saõ cumpridas, a não ser que sirvam de pretexto para passar multas e só isso.
Ao fim do dia de ontem escrevi uma mensagem para a CML dando conta da actuação desastrosa desses agentes, relatando o ponto da situação e pedindo intervenção urgente. Até agora não fui contactada nem houve qualquer actuação.
Sucede que, ao fim da manhã de hoje, a carrinha ainda se encontrava no local, com os gatinhos no seu interior, como os donos da carrinha (e a Polícia Municipal) bem sabem; e agora, cerca das 17H00, a carrinha foi removida não sei para onde, com os gatinhos dentro e deixando a mão dos gatinhos, por aí, aflita.
Suponho que, para V. Exa. não seja necessário enumerar as leis aplicáveis à questão e nem a consequente necessidade de intervenção urgente E SENSATA, no sentido de pôr cobro a este absurdo de situação que se veio agravando por incentivo da actuação desajustada da própria Polícia Municipal, que podia ter resolvido o assunto sem grandes complicações informando os donos da carrinha das suas obrigações legais relativamente às leis de protecção e defesa dos animais e instigando-o a colaborar e a actuar correctamente. Os Srs. Agentes da Polícia Municipal fizeram exactamente o contrário: instigaram os maus comportamentos dos donos da carrinha e doutras pessoas. Só por isso a situação não foi resolvida de forma simples e com a brevidade que se impunha e se mostra agora bem pior do que no início.
Solicito a máxima urgência na resolução desta questão.
Nota: estou a usar este meio porque os telefones não funcionam... "

Adenda: Quando escrevi isto eu pensava que os meus telefonemas não eram atendidos porque os telefones não funcionavam, mas não é verdade: O aparelho de recepção de chamadas da P.M. indica o número do telefone que está em linha e, como o meu número já era conhecido, os agentes NÃO atendiam propositadamente. Ao longo desta história rocambolesca isso aconteceu várias vezes causando-me enormes transtornos, prejuízos (deslocações, aliás inúteis) e problemas.

No meio disto, e no desespero, telefonei para a Direcção Geral de Veterinária, apelando à sua intervenção, no âmbito das suas competênciaas legais.
Fui atendida pela Sra. D. Fátima Molero que, em vista da aproximação do fim-de-semana, me disse que apenas me podia passar a um veterinária. Falei com a Dra. Helena Maia, com quem tive uma conversa deplorável; para esquecer.
A Dra. Helena Maia é daquele tipo de pessoas que tem “a arte” de “virar sempre o bico ao prego” e transformar as vítimas em culpados; que é como quem diz: a arte de tentar “lixar o parceiro”.
Primeiro queria saber de quem eram os gatinhos, porque a lei exige que os animais tenham donos... Perguntei-lhe que culpa é que os gatinhos tinham disso e fiz notar que os bichos não sabem ler e insisti invocando a lei de defesa e protecção dos animais, QUE NÃO DIZ NADA DISSO que até é dum enorme absurdo.
Repeti o que já tinha explicado inúmeras vezes: que estava a tentar recuperar os gatinhos para os tratar e tentar encaminhar para adopção e que, por isso, o tempo urge. Respondeu-me, com toda a lata e descaramento, sem vergonha: “mas se os gatinhos são seus deviam estar na sua casa”.
Desesperei-me e gritei que o problema era esse mesmo: o de eu estar a tentar resgatar os gatinhos para poder cuidá-los.
Aí a sra. dra. retorquiu-me que percebia que eu sou uma pessoa que gosta muito de animais e perguntou porque é que eu não tinha uma associação que me ajudasse... a sra. Dra. estava ali disposta a cavaquear acerca de tudo e de mais alguma coisa, mas não para cumprir as suas obrigações legais e resolver a questão em conformidade ou, sequer, tentar, telefonando para a P. Municipal e chamando a atenção para o cumprimento da lei.
Mas a dra. não sabia qual lei, a dra não conhece as leis de defesa e protecção dos animais, que proibem os maus tratos e que incumbem a Direcção Geral de Veterinária de zelar pelo seu cumprimento; e então, sempre que eu invocava as disposições legais, perguntava: - “qual lei?”
Nessa altura eu ainda sopunha que tivessem sido os donos da carrinha a removê-la. A sra.dra. disse-me que não tinha garantia nenhuma de que os donos da carrinha não fossem pessoas tão interessadas como eu em cuidar dos gatinhos, ao que eu retorqui que subsitia o problema da mãe dos gatinhos e que, em todo o caso, era obrigação dela, da Direcção Geral de Veterinária, verificar se realmente era assim.
Cansei-me e desliguei o telefone, com a minha convicção reforçada:
Neste País só se aplicam as leis da “caça à multa” e só nesse sentido. Por isso a dra. exigia, como condição primeiríssima, a identificação dum qualquer dono... para multar. Se não é possível identificar um dono, que se danem os direitos dos animais e o sofrimento, o risco, dos gatinhos e da mãe gata.

Mais tarde, na sexta-feira, soube que, afinal, a carrinha tinha sido rebocada pela própria Polícia Municipal, com os gatinhos no seu interior, e está depositada no parque de abandonados. Antes disso a façanha teve a benção do Canil Municipal de Lisboa... como não podia deixar de ser. O Canil foi chamado porque eu dizia que os gatinhos estavam na carrinha. Chegaram, olharam para a carrinha, não viram gatos nenhuns... e disseram que não havia lá gatos, que a carrinha podia ser rebocada... Pelo menos é esta a versão da Polícia Municipal...
Telefonei novamente para a Polícia Municipal, mas só ouvi conversa de chacha e ameaças. Claro que fui alvo, repetidamente, da costumeira chantagem de que os gatinhos (e a gatinha) seriam entregues ao Canil...
Acabei por ir, tarde da noite, no desespero e em último recurso, levar a gatinha para junto da carrinha para que as crias fossem alimentadas, mesmo que no mínimo.
A gatinha até tinha febre, tal era o seu sofrimento. Quando cheguei ao Parque e peguei na transportadora, colocando a mão pelo lado de baixo, a transportadora estava demasiado quente...
No local surgiu-me a suspeita de que os guardas do parque me mentiram, conscientemente, quando telefonei e perguntei pela carrinha dizendo que as crias estavam lá dentro. Responderam-me que não tinham dado pela presença de nenhumas crias, que foram verificar várias vezes, que não estavam... Mas a carrinha foi colocada de modo a ficar à sombra duma das pouquíssimas árvores existentes no Parque. Coincidência das coincidências! Ou será que os gatinhos foram detectados durante o transporte e, apesar de ignorados os seus direitos, alguém mais humano tratou de, ao menos, os colocar à sombra para que não viessem a sofrer tanto?
Agora a gatinha passa fome, o que agrava os problemas de insuficiência do seu leite, e os gatinhos continuam retidos dentro da carrinha, impossibilitando que recebam os cuidados adequados.
Quando levei a gatinha, embora eu não tivesse quaisquer dúvidas de que os gatinhos (os que tiverem sobrevivido) estavam no interior da carrinha, um dos gatinhos (branco), apareceu a uma janela da carrinha e foi visto por mim e pelo guarda de serviço ao Parque. Pude constatar que o gatinho é pequeno demais para a idade.
A situação continua complicada e peço toda a ajuda possível, nomeadamente enviando emails à Cãmara e à Polícia Municipal... e também à Direcção Geral de Veterinária, exigindo a resolução da situação e exigindo que cada um seja informado da andamento dado ao assunto. É um direito que assiste a todos os cidadãos.

Esta "história" tem seguimento neste texto.


Pode ler o resumo de toda a história, com os pormenores que interessam, NESTE TEXTO publicado recentemente (Setembro de 2012)





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