quarta-feira, 12 de março de 2014

A Aplicação das “Famigeradas” Leis de Defesa e Protecção dos Animais.

A Aplicação das “Famigeradas” Leis de Defesa e Protecção dos Animais.




Caso 1:

Um ilustre cidadão de bem, deste País(???), que tem uma quinta numa vila a poucos kilómetros de Lisboa... e tem boa índole, bom coração e elevados princípios morais, acolhe, alimenta e cuida os animais de companhia que por lá aparecem. E os animais, como têm ali comida e cuidados, vão-se fixando, obviamente...
O resultado é ter de alimentar mais de uma centena de gatos, para além dos cães que não sei quantos são. Até tem uma empregada para cuidar dos espaços e os manter nas devidas condições de higiene.
Quando os animais necessitam de cuidados veterinários paga-os, caros, do seu bolso.
Tudo isso lhe cria divergências familiares porque, sendo pessoa com alguma idade, os familiares mais chegados, apesar de não precisarem, acham que o que gasta com os animais decresce na herança que esperam receber...

Há dias recebeu a “visita” indesejada e pérfida da Polícia Camarária (da Câmara de Sintra) que lhe aplicou uma multa de mais de mil e setecentos euros e o intimou a fazer umas obras absurdas... usando como forma de coacção a mais vil das chantagens: a alternativa seria ser obrigado a entregar os animais todos (quase todos, evidentemente) para serem abatidos.

A visita terá resultado da “denúncia” dum vizinho, vil e abjecto, que não gosta de animais...

Tudo em conformidade com a legislação de defesa e protecção dos animais, pois claro.

Alguém de bom senso me esclarece quem, nesta história, é o vilão e quem é que protege os animais... fazendo por eles muito mais do que lhe compete, em bom rigor? Fazendo, afinal, o que compete à edilidade?

Caso 2:
Um não menos ilustre cidadão deste País, pessoa de bem e de boa índole, mora em Lisboa mas tem uma propriedade no Alentejo e uma infinidade de problemas por não ter coragem para negar ajuda aos animais de companhia que encontra em dificuldades. A zona onde se situa a propriedade é frequentada por caçadores que por lá abandonam, frequentemente, os cães.
Há tempos apareceu por lá uma cadela prenhe que, percebendo que alí teria segurança e comida, escavou por debaixo da rede de vedação da propriedade para arranjar passagem e poder parir lá dentro.
Antes mesmo de o proprietário se aperceber do facto (porque mora em Lisboa), recebeu intimação da Polícia Municipal para pagar uma avultada multa... porque aquilo não eram condições para ter os animais.
A “intimação” terá resultado da denúncia, oportunista e pérfida, dum vizinho que não gosta de animais.
Tudo em conformidade com a “Lei” de protecção e defesa dos animais.

Caso 3:
O filho deste ilustre cidadão, que também mora em Lisboa onde exerce a sua actividade profissional, pessoa igualmente de boa índole que vive assolado por problemas porque também não tem coragem para negar ajuda aos animais que encontra em dificuldades (e são muitos; são muitos mais do que os que pode socorrer), tem um pedaço de terreno na mesma zona do Alentejo, onde costumam pastar os rebanhos dum outro vizinho das referidas propriedades.
O facto foi pretexto para receber uma intimação para pagar uma multa por não ter procedido ao registo dos animais que pastam no seu terreno...

Caso 4:
Um "procedimento" comum a todas as Juntas de Freguesia de cujo já foram alvo várias pessoas que conheço é este:
Um cidadão de boa índole (conheço vários que se queixam) encontra um cão (ou cadela) ainda jovem, abandonado. Interessa-se pelo "bicho", inicialmente na esperança de que esteja perdido e o dono(a) apareça. Perdidas as esperanças decide "adoptar" o animal. Leva-o ao veterinário para ser vacinado e este informa a idade aproximada do animal: 7, 8, 9 ou 10 meses (são vários os casos, como já referi).
Depois da imprescindível visita ao veterinário, desloca-se à Junta de Freguesia para "registar" o animal e obter a respectiva licença informando, evidentemente, que se trata de animal abandonado que recolheu da rua.
É questionado sobre a idade do "bicho". Como pessoa honesta e íntegra que é, não mente (e nem vê necessidade disso); responde: 7, 8, 9 ou 10 meses conforme o caso concreto e segundo a respectiva informação do respectivo veterinário.
- "Tem de pagar multa!"
- "Mas tenho de pagar multa por quê?"
- "Porque os cães têm de ser registados antes de completarem os 6 meses de idade"
- "Mas se eu encontrei o animal agora como é que queria que o registasse antes de ele fazer 6 meses?"
- "Pois. Tem de pagar multa!"
Num dos casos a resposta foi:
- "Então esqueça que o animal existe"

Ou seja: socorrer um animal, neste País(???) é crime a ser severamente punido.

Ainda vou registar aqui mais uns quantos casos...


domingo, 7 de outubro de 2012

SOCORRO! Eles Põem Açúcares nas Rações dos Animais




Um gatinho bebé que apareceu por aí com cerca de 15 dias e foi criado a biberon

SOCORRO!

Eles Põem Açúcares nas Rações P/Animais.



NÃO dê rações com açúcar aos seus animais. Verifique as composições. A saúde dos seus animais agradece...
Não dê rações com açúcares nem com corantes... Corantes nas rações dos animais para quê? Acaso a cor tem alguma importância para os animais?
É preferível dar comida caseira para complementar a ração seca (SEM AÇÚCARES), ou mesmo os restos de carne e de peixe, do que dar estas rações. No caso dos restos, convém por de molho durante algum tempo se for comida temperada, para reduzir esse problema (dos temperos). Rações com açúcar é que não deve dar.



Nesta foto estão algumas rações húmidas, para gatos, que contêm açúcares, segundo diz a composição.Todas as rações destas 2 gamas Gourmet  e as saquetas (da "Purina", que encontra neste site) têm açúcares 

O açúcar nas rações dos animais pode estar na origem de muitos problemas de saúde:

- os açúcares afectam e prejudicam a saúde dos dentes dos animais... tal como prejudicam os dentes das pessoas;

- os açúcares favorecem a fixação e desenvolvimento (agravam as infestações) de parasitas intestinais, tal como acontece com as pessoas (expostas). Os animais estão mais expostos por motivos óbvios.

- os açúcares provocam ou favorecem a ocorrência de SIBO (Small intestinal bacterial overgrowth) sobrecrescimento bacteriano no intestino delgado, também designado SBI (sobrecrescimento bacteriano intestinal)... nos animais como nas pessoas. 

- os açúcares podem provocar diabetes... nos animais como nas pessoas;





Mais rações húmidas para gatos que contêm açúcares... -
- Todas as rações Friskies de lata (da "Purina", que encontra neste site), como a que se vê na foto, têm açúcares;
- todas as rações do LIDL, das gamas das caixinhas da foto e das latas, contêm açúcares;
- todas as rações húmidas do "Continente", das caixinhas e das saquetas iguais às que se vêem na foto têm açúcares.

O SIBO ou SBI pode ser responsável por:
- barriga inchada;
- diarreias ou obstipação;
- problemas na vista;
- inflamações várias...
- obesidade



A gatinha preta que muito sofreu com problemas intestinais e barriga inchada... Aqui está-se a preparar para filar outra gata com quem tem muitas brigas por ciúmes... Comia destas rações. Actualmente nem lhes toca.


Tal como se faz com os produtos para alimentação humana já preparados (prontos a consumir), que apresentam os mesmos riscos.... "ELES" teimam em adicionar açúcares às rações dos animais. Para quê???

Todas as rações, secas e húmidas, do Pingo Doce, à excepção das latas de 400 gr, têm açúcares. As saquetas da marca "Félix" (também da "Purina" que encontra neste site) têm açúcares... provavelmente haverá muitas outras...


O problema, por aqui, é que estamos a ficar sem opções, viáveis, para dar ração húmidas aos muitos animais de rua. Os gatos de casa nem tocam nestas rações... eles lá saberão por quê; mas os gatos de rua, embora comam principalmente ração seca, gostam muito da sua refeiçãozinha diária de ração húmida. Dá-se-lhes a das latas grandes de 400 gr. (que se encontram facilmente sem açúcares... por enquanto???) mas eles, ao fim de algum tempo "rejeitam". Por isso começou-se a misturar estas rações que aqui se apresentam... Até que, um belo dia, resolvi verificar as composições... e constatar que a maioria delas contêm açúcares. Resultado: estamos a ficar sem opções viáveis para dar a refeição húmida a todos estes animais (mais de 30) até porque há alguns que não comem ração seca... Também há os que só comem ração seca que ficam fora deste problema mas, mesmo esses, comparecem às horas das refeições; é o seu momento de convívio com quem os alimenta. 



A "minha" Nisca, num abrigo improvisado onde acolhi 9 gatinhos jovens que foram adoptados. Que saudades da minha Nisquita; um doce de gatinha.

domingo, 16 de setembro de 2012

O Drama Da Gatinha Preta e Das Suas 5 Crias. Toda a História.

Este texto destina-se a resumir toda a história a que se referem estes dois textos:
e

Acrescentando algumas coisas que são, na essência, o que realmente importa... para os amigos dos animais.




A gatinha preta 2 anos depois (em Dezembro de 2011). Linda como só ela!

 Esta gatinha preta apareceu por aí, ainda muito jovem (com cerca de 5 ou 6 meses), no Outono de 2009...

No início era muito esquiva. Não se aproximava nem para comer. Parava por aí num terreno próximo dum bloco de casas económicas donde algumas pessoas lhe achavam graça e lhe amandavam comida das janelas... quando lhes apetecia...
Comia de tudo (o que lhe davam) até sopa, pão... e sofria com enormes diarreias.
Mas, ao fim do dia, à hora do jantar, lá estava ela debaixo das janelas, a olhar para cima, á espera que caísse alguma coisa para comer.



A gatinha preta 2 anos depois (em Dezembro de 2011). Nesta fase, já depois de ter sido esterilizada, gostava muito de subir para esta árvore onde passava, ás vezes, algumas dezenas de minutos.

Alertada pelas pessoas que cuidam destes animais, tentei começar a dar-lhe ração... à primeira tentativa de aproximação afastou-se rapidamente... mas depois, quando me afastei, voltou ao local onde coloquei a ração... Menos mal. parece que era possível começar a dar-lhe comida de jeito. Actualmente come quase só ração seca. Adora peixe e frango, quando há, mas come muito pouco.



Depois a gatinha preta ficou grávida e teve crias... 5 crias: 2 crias siamês (certamente duas fêmeas) e 3 crias tigradas


Uma das crias da gatinha preta. Um macho, tigrado, (eram 3 tigrados) que é referido neste texto. Esteve fechado dentro da maldita carrinha durante mais de cem horas.


Outra cria da gatinha preta é esta siamês que se vê nesta foto. (eram 2 siamês). O gatinho preto desta foto não fazia parte da ninhada.


A gatinha preta teve crias e quando estas tinham menos de 15 dias, ainda nem bem abriam os olhos, tentou mudá-las. As 5 crias foram todas apanhadas debaixo dum carro, pelas pessoas que ali estavam, quando foram atacadas por um cão.

Vieram pedir-me socorro.

Recolhi as crias, dei-lhes leite de gata e tratei de devolvê-las à mãe.

A mãe, que já tinha ficado sem os filhos havia horas, esperava, certamente impaciente, debaixo do mesmo carro, que lhe devolvessem as crias.

Chamei-a insistentemente e ela veio. Tinha colocado as crias dentro duma caixa de cartão, debaixo dumas canas, junta a uma casa velha cujo páteo serve de abrigo aos animais por aqui.

A gatinha preta ficou muito feliz, deu de mamar às crias dentro da caixa e lá ficou.

Mas eu achei que o local era demasiado exposto e, como não temos acesso ao páteo, decidi retirar a caixa com as crias e metê-la mais dentro das canas, de modo a que ficasse mais resguardada, Asneira grossa!

A gatinha ficou no mesmo local, durante algum tempo, mais de uma hora, à espera das crias e, quando decidiu ir em busca delas, provavelmente debaixo do carro, passou perto da caixa, percebeu o cheiro e encontrou as crias... mas "decidiu" que não queria mais as suas crias dentro duma caixa... Pois se era tão fácil levarem-lhas todas...




Primeiro mudou-as todas para um sítio menos acessível, no meio das ervas, depois tratou de as levar novamente, mas de noite, para o local que já tinha escolhido, o local que lhe pareceu mais seguro e confortável: o interior duma carrinha que foi considerada, pela Polícia, como abandonada porque estava ali parada há anos sem inspecções nem Imposto... A carrinha, que se vê na foto abaixo, é uma espécie de caravana de campismo e tinha acesso ao interior através do "buraco" das mudanças.


A carrinha é esta da imagem, quase preta... É uma espécie de caravana de campismo e voltou para o mesmo local, no final desta odisseia. Apenas está virada ao contrário.

Depois de mudar as crias para dentro da carrinha, a gatinha preta continuava a ficar debaixo das janelas, às horas das refeições, à espera de comida. Achava que a comida que se lhes fornece era dos outros gatos... que, ás vezes, corriam com ela.
Mas nem sempre caia comida das janelas... Vieram-me dizer que a gatinha passava fome. Passei a deixar-lhe comida especificamente para ela, num local novo, não "vigiado" pelos outros gatos e gatas e logo arranjei problemas com alguns estafermos. Nessa altura não sabia onde estavam as crias.
A gatinha preta lá se foi habituando a comparecer às horas da comida e a comer com os outros. Quando descobri onde estavam as crias passei a pôr-lhe comida debaixo da carrinha... e a gatinha preta transformou-se num doce: dócil, meiga... e carinhosa como só os gatos sabem ser. Quando tinha de lhe dar comprimido para as diarreias, ou desparasitante, pegava-a e metia-lhos pela boca abaixo sem problemas...

Quando as crias completaram um mês, tentei reavê-las para as alimentar e para encaminhar para adopção. A ajuda que encontrei foi a duns miúdos que moram na mesma zona e se ofereceram para contactar os donos da carrinha. Mas isso resultou em confusão.
Um dia a mulher que diz que a carrinha é do filho (a carrinha está registada no nome dela..) encontrou-me perto da carrinha e interpelou-me, intempestivamente e apressadamente dizendo que o filho não queria nada debaixo da carrinha, que não queria os miúdos por ali nem a baterem-lhe à porta e foi correndo porque estava com pressa... Depois essa mesma mulher encontrou-me e falou mais demoradamente dizendo que o filho “adora” animais, que estava ausente mas que, quando regressasse, iria tratar do problema, com certeza.
O "problema" era eu ter pedido que me desse acesso às crias para as recolher para outro local juntamente com a mãe.



A gatinha preta no muro




A gatinha preta na árvore

O filho da tal mulher regressou, foram passando os dias e as semanas e nada de facilitarem o acesso às crias...

Estava imenso calor; nalguns dias a temperatura rondava os 40º C e o ar tornava-se irrespirável naquele estacionamento, devido ao calor. Eu despejava um garrafão de água, todos os dias, à volta da carrinha mas rapidamente evaporava sem deixar sinal...
Os dias passavam e as minhas preocupações aumentavam, não só devido ao calor e consequente desidratação dos bichos mas também porque, no caso de gatos pequenos, o atraso duma ou duas semanas pode comprometer as possibilidades de adopção...
Por isso fui à Polícia Municipal pedir ajuda... A "ajuda" que deram está descrita nos dois textos "linkados" acima:  ESTE   e  ESTE

Quando lhe levaram as crias dentro da carrinha, a gatinha permaneceu no cimo do terreno por detrás da carrinha durante muito tempo. As crias foram levadas cerca das 17 horas  e quando, tarde da noite, depois da 01H00 da manhã (no sábado já, portanto) decidi levá-la para junto das crias e fui procurá-la, foi aí que a encontrei... até febre tinha. Levei-a para o Parques de Abandonados sem saber muito bem o que iria encontrar nem como fazer (nem sabia onde era o "parque de abandonados")...



A gatinha preta comendo... no muro.

Mas a história não se esgota nesses 2 textos. Parei de enviar emails à CML no dia 14 de Agosto de 2010 , sábado, porque tinha muito mais que fazer e porque era tempo perdido.





Porém, no dia 13 de Agosto, sexta-feira, depois de esperar junto da carrinha pelos polícias que me disseram que viriam quando pedi que socorressem a cria que lá estava fechada (desde o princípio da tarde de 4ª feira, dia 11 de Agosto), já tarde da noite (quase às 00H00), peguei novamente na gatinha preta e levei-a ao "Parque de Abandonados"
Como tinha sido proibida de entrar, aproximei-me da vedação em rede, o mais próximo possível do local onde estivera a carrinha e libertei a gatinha. 
As crias miavam, desesperadas, com fome... E logo a seguir a instalação sonora repetia um som semelhante... nem percebi muito bem para quê. Seria para que não se percebesse o miar das crias e a sua presença?
A gatinha "rosnou" como se se sentisse ameaçada e foi buscar as 3 crias, uma a uma, trazendo-as para fora da vedação. Pelo meio, quando trazia uma cria, vinha até junto de mim e roçava-se pedindo mimos... 
Apenas falhou numa coisa: não me trouxe as crias para a transportadora. Em vez disso foi com elas para o cimo do terreno, para o meio das ervas, dar-lhes de mamar.

Cansei-me de esperar e de chamar mas agora já nem ela vinha. Primeiro esperei mesmo ali, junto à vedação, num local de acesso "acidentado". Depois desci e esperei dentro do carro, ali em frente. Já passava das 02H00 da madrugada...
Passou um carro com polícias e perguntaram-me se havia problema. Respondi que não, eles foram mas voltaram novamente dizendo que era estranho eu estar ali... Respondi qualquer coisa que me veio à cabeça e ainda esperei mais um pouco... até que desisti. Já eram quase 03H00 da madrugada.
Soube depois que a gatinha tentou seguir o carro, quando me afastei, porque voltei a encontrar lá o guarda daquela noite que me disse ter ficado muito espantado ao vê-la entrar por debaixo do portão, porque lhe tinham dito que fora apanhada pelo canil...


Durante o fim de semana voltei lá várias vezes, percorri tudo ali á volta, chamando... mas sem sucesso.

No Domingo a cria que se encontrava fechada dentro da carrinha foi retirada, finalmente, como refiro AQUI:

"Esta cria esteve fechada, dentro da carrinha OT-35-33, durante mais de cem horas (100), sem comida, sem água, sem nada. Ficou fechada na carrinha quando esta estava no Parque de Abandonados do Vale do Forno, a carrinha foi removida, toda a gente ouviu os gritos de aflição do bicho... que veio a ser libertado na Quinta dos Barros, mesmo ao lado da Segunda Circular. Comuniquei às estruturas da CML que a cria se encontrava encarcerada dentro da Carrinha, no mesmo dia em que ela lá ficou encurralada, numa quarta-feira, por incompetência dos funcionários do Canil. A cria foi retirada de dentro da carrinha numa tarde de Domingo, depois de eu ter passado horas junto da carrinha, com comida para o animal, acompanhada durante algum tempo pelo sr. Eng RD, que acabou desistindo. Depois de ter telefonado "n" vezes para a Esquadra de Carnide, de ter berrado e insultado toda a gente, depois de ter telefonado para o atendimento ao Munícipe da CML, depois de ter gasto uma fortuna em chamadas do meu telemóvel. Depois de ter sido maltratada, ameaçada, provocada e injuriada pelos 2 agentes da PSP que estiveram no local, ao mesmo tempo que estes bajulavam o dono da carrinha que tem aspecto de marginal, modos de marginal E FAMA de marginal... Esta cria foi, finalmente, retirada de dentro da carrinha, dei-lhe a comida que tinha comigo e a seguir a cria foi PRESA e levada para o Canil... para passar mais umas horas de fome, porque não comeu nada enquanto não saiu do Canil. Depois disso tudo ainda fui maltratada e injuriada por V Exa., sra. veterinária, que me queria impor, com chantagem até, que eu assinasse um texto escrito por si, com umas quantas mentiras, sem qualquer valor, mas que V.Exa. entendia como uma humilhação e "confissão" da minha culpa... apenas porque não consenti que o animal fosse barbaramente assassinado dentro da referida carrinha, tarefa que lhe compete a si, sra. veterinária."




Na segunda feira fui ao Canil buscar a cria e disseram-me que a gatinha estava no parque. 
Fui directamente para o parque, com a cria (não devia ter ido. Devia ter-me preparado para trazer a gatinha e as crias e ter-lhe levado comida) e encontrei-a no mesmo local onde estivera a carrinha.
Os guardas do parque tinham comunicado ao Canil para que fossem apanhá-la... mas como o Canil disse que não, deixaram-me entrar.
A gatinha "rejeitou" a cria que eu levava e eu ia com pressa porque tinha de cuidar daquela animal que não tinha comido nada enquanto esteve no Canil.
Voltei ao fim da tarde, com comida... mas a gatinha já tinha saído do parque, com as 3 crias, encaminhando-se para a povoação que fica no fundo do Vale que se chama, salvo erro "Serra da Luz".
Andei por lá, perdida, durante horas, procurando por ela. Encontrei-a perto da meia noite, de regresso da povoação. Ficou feliz por me ver. Levei-a para o parque e deixei-lhe comida, na esperança de que ela trouxesse as crias de novo, mas em vão.
Voltei todos os dias dessa semana, com comida para ela e para as crias. Ela não comia. Queria comida para as crias. As crias não se aproximavam da transportadora e estavam num local inacessível (onde tinha havido um incêndio). 




Aquela semana foi um verdadeiro inferno, para mim. Toda a gente me dizia que era melhor desistir... ou então apanhar a gatinha e deixar as crias... 
Não desisti. Não podia fazer isso à minha gatinha; nem deixá-la lá, nem trazê-la sem as crias. 

Finalmente, na sexta feira dia 20 de Agosto, voltei ao caminho que desce para a povoação, depois das 23H00... visto que a encontrava sempre perto da meia noite...
Parei o carro mais abaixo, já na povoação e encontrei-a logo. Já tinha uma transportadora com comida dentro e ofereci-lhe a comida. Ela entrou dentro da transportadora, pegou um bocado de comida e tirou-o para fora da transportadora (era o seu quinhão); depois levou-me até às crias, como fazia sempre. 
Mas desta vez as crias já estavam do lado de baixo do caminho, em sítio mais acessível... Passei por cima do "rail" de protecção da estrada e coloquei a transportadora aberta voltada para as ervas. As crias estavam mesmo ali, escondidas, à espera da mãe. A gatinha "conversou" com elas que vieram, a medo, e foram entrando na transportadora. Quando já estavam todas a comer fechei a transportadora e trouxe-as.
Chamei a gatinha que veio atrás de mim até ao local onde lhe tinha oferecido a comida. Eu segui para o carro com as crias e ela ficou por ali. Fui buscar outra transportadora e vim apanhá-la. Estava à procura da comida que tinha tirado para o chão e que eu tinha apanhado quando ela se afastou para me levar até às crias.
Já dentro da transportadora e na bagageira junto das crias, não se calou um momento durante todo o caminho de regresso. Mas não reclamava, não protestava... apenas se "justificava".
Levei-os para junto das outras 2 crias que tinha comigo (que fui buscar ao canil) e deixei-lhes muita comida: ração húmida e seca. Deitei-me às 04H00 da manhã... mais uma vez.




A gatinha preta, visivelmente cansada e "maltratada" tal como regressou da "odisseia" do Parque de abandonados.




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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Maus Tratos a Animais e Pessoas por parte do Canil Municipal, a Legislação, o Programa CER‏

Para
Câmara Municipal de Lisboa e
veterinária que exerce funções no Canil Municipal
Esta reclamação tem que ver com a visita mais recente que fiz, ao canil, acompanhada pelo Sr. Engº RD, para resgatar 2 gatos que tinham sido apanhados, abusivamente ilegitimamente, com armadilha montada pelo Canil NO PÁTEO do "Active Life", situado na Quinta dos Barros, Rua Joaquim Rocha Cabral, nº 26, em 1600 Lisboa.
O primeiro motivo de reclamação tem que ver com a forma, sempre insolente e insidiosa como fomos (tenho sido sempre) tratados no Canil; como se fôssemos criminosos, APENAS PORQUE NOS PREOCUPAMOS COM OS ANIMAIS e fazemos, de forma limitada embora mas com muito sacrifício e despesas, aquilo que compete à edilidade e que esta não faz; pelo contrário: só faz o que não deve e nem pode fazer à face da lei.
Primeiro foi o responsável de serviço a ter essa atitude inqualificável; depois foi a Sra. Veterinária ...

É sobre essa conversa com a Sra. veterinária e sobre o que se passou e apurei depois que pretendo esclarecer algumas questões. Portanto, vou dirigir-me à Sra. veterinária, embora a RECLAMAÇÃO SE DIRIJA À EDILIDADE como responsável última de tudo o que se passa no Canil e pelo comportamento malvado e fora da lei dos seus funcionários.
Sra. veterinária,
A sra. começou por nos tratar de forma indecorosa (como se fôssemos criminosos, repito) pretendendo, com isso, "justificar" a apreensão dos pobres animais. Quando dissemos que os animais nos pertenciam (os animais não têm dono!) colocou em dúvida e aduziu uma série de disparates que pretendeu justificados pela legislação, O QUE É FALSO. Teve V.Exa., inclusive, a amabilidade de me entregar uma fotocópia da invocada legislação, afinal para eu confirmar o que já sabia: A LEGISLAÇÃO não diz nada do que os funcionários do canil, V.EXA. incluída, argumentam que diz e nem justifica os vossos actos malvados e contrários à Lei.

Os animais que nos foram entregues também foram apanhados ilegitimamente, num puro acto de maldade cuja responsabilidade é exclusivamente do Canil, SEGUNDO AS PALAVRAS dum funcionário do Active Life que falou conosco em nome da Direcção devido a impedimento desta.

Em suma, os responsáveis do "ActiveLife" alegam que, quando está muito frio e chuva, os gatos entram, durante a noite, para as salas aquecidas, chegando mesmo ao ponto de urinar e defecar dentro dessas salas e em cima dos tapetes. Situação insustentável, sem dúvida. Mas não são os animais que têm de entender isso; é o "Active Life" que tem de vedar as instalações de modo a que os animais não possam entrar. Caso Contrário está-se a violar a alínea a) do nº 3 do artigo nº 1 da LEI 92/95 de 12 de Setembro...
É Proibido:
a) Exigir a um animal, em casos que não sejam de emergência, esforços ou actuações que, em virtude da sua condição, ele seja obviamente incapaz de realizar ou que estejam obviamente para além das suas possibilidades.

Repetimos o que já antes lhes tinha sido dito: que vedem as instalações colocando redes finas nas entradas de ar cuja dimensão permite a passagem dos animais...
Impossível, pelo menos para já, dizem. Pensaram nisso conforme lhes tinha sido sugerido mas, quando pediram orçamento, o técnico que avaliou (MAL) a situação, disse que seria inútil tapar algumas entradas e o orçamento apresentado para vedar todas as entradas é incomportável...

Por isso, depois do último episódio, no pingo do inverno passsado, nos dias de maior frio, chuva e vento, decidiram pelo mais simples, prático, barato, cómodo... e agradável: CHAMAR O CANIL.
E, no entanto, é fácil identificar e vedar as 2 ou 3 entradas, que dão acesso directo às tais salas aquecidas, e vedá-las. A ideia de que os gatos percorrerão, dentro dum tubo, várias dezenas de metros para chegar às tais salas é bizarra, inverosímil e nada tem que ver com o comportamento de animais habituados à
liberdade da rua. Falo destas entradas porque o acesso dos animais às tais salas foi o único argumento e justificação do clube para o facto de terem chamado o Canil e promovido a captura dos animais. Segundo nos disseram, a presença dos animais nos páteos e/ou nas garagens, locais que lhes são facilmente acessíveis, não é problema...

Chamaram o Canil mas terão tido o cuidado de frisar que não queriam que acontecesse algum mal aos animais e nem que houvesse violações das leis e normas aplicáveis. Quanto a abater os animais, nem pensar em tal coisa... Pura ilusão. O Canil mentiu; tudo isso aconteceu e/ou se preparava para acontecer se não fosse a nossa intervenção.
Os funcionários do Canil terão informado que não poderiam apanhar animais na rua mas que podiam fazê-lo dentro do Clube, sem quaisquer problemas...
Pois é! Mas se colocassem as armadilhas dentro das instalações do clube onde os animais são indesejados, corriam o risco de não apanhar nada; e o que os funcionários do Canil gostam mesmo é de apanhar e maltratar animais... Por isso colocaram as armadilhas NO PÁTEO do clube, em locais perfeitamente acessíveis aos animais que, naquela zona, têm acesso à rua. Se fôssemos tão obtusos como essa gente estaríamos a reclamar do facto de não terem colocado um letreiro a prevenir os animais do perigo...

Colocaram as armadilhas, COM COMIDA, ao alcance dos animais... que estão habituados a ser alimentados pelas pessoas; isto é: a que se lhes coloque comida à disposição... E com isto violaram a já citada alínea a) do nº 3 do artigo nº 1 do DL 92/95 de 12 de Setembro...
Sendo certo que o Canil está impedido de capturar animais na rua, também não o poderia fazer naquelas condições, VISTO QUE O RECINTO NÃO ESTÁ PERFEITAMENTE VEDADO E É FACILMENTE ACESSÍVEL aos gatos que andem na rua..

Bem tentámos colocar um pouco de bom senso nas ideias daquela gente (do "ActiveLife") fazendo ver que a captura dos animais não é solução, visto que, mesmo que estes sejam afastados definitivamente, OUTROS virão e repetirão a "façanha", como lhes é próprio e visto que TÊM NECESSIDADE de o fazer (não deviam nem se justifica que tenham essa necessidade, já veremos por quê). Foi tempo perdido da nossa parte. Os responsáveis do "ActiveLife" gostaram da experiência e, com a benção, a boa-vontade e a satisfação que perceberam da parte da actuação, malvada, dos funcionários do Canil, duvidaram de nós e certamente repetirão a façanha na primeira oportunidade. Tiveram a lata de nos responder: "Mas agora são estes gatos que aqui andam e que são "o problema""... Quando O PROBLEMA é a mentalidade obtusa e estúpida de gente desta e a actuação malvada e fora da lei dos responsáveis e funcionários do Canil, veterinários incluídos que, em vez de informar correctamente estas pessoas, de fazer evoluir as suas mentalidades para que a Lei possa ser cumprida, se apressam a aproveitar todas as oportunidades para cometer as suas maldades, porque se sentem desculpados... covardemente.

Os responsáveis do "ActiveLife" ainda ensaiaram, conosco, aquela atitude demagógica de tentar convencer de que fizeram tudo para que os animais fossem adoptados... e tentaram mesmo fazer-nos "aderir" a essa ideia... como única solução para os animais... caso contrário ficaria legitimado e provado como inevitável o seu extermínio às mãos do Canil.

Desta vez foram apanhados 2 gatos no páteo do "ActiveLife". O clube diz que foi um acto sem precedente... mas têm desaparecido, estranhamente, sem deixar rasto, outros gatos dos que cuidamos... e mesmo gatos de pessoas que moram nos blocos vizinhos e que os deixam andar à solta, gatos que têm acesso à rua até porque, mal as pessoas abrem as portas para entrar em casa, os gatos saem... para a rua.

Dos 2 gatos que foram apanhados no páteo do "ActiveLife", acredito que o macho, adulto, que encarou a captura, o encarceramento durante vários dias e o regresso com uma calma olímpica, tenha entrado pelos tais acessos e seja "culpado" na questão. Mas a gatinha mais jovem, que nos foi entregue com 3 feridas feias no focinho, provocadas por se amandar contra as grades (V.Exa. não pode consentir nisso, à face da lei) provavelmente NUNCA esteve dentro das instalações do referido clube.

O "Active Life" NÃO É o único antro de perversidade desta zona que solicita os "serviços" do Canil para actos de tamanha ignomínia e ilegalidade.
O Condomínio Fechado da Rua Tomás da Fonseca nº 26, onde se diz que moram pessoas tão famosas como Herman José, tem o hábito malvado de mandar apanhar gatos que são atraídos pela rataria e pelos cheiros do lixo para os páteos do referido condomínio, a cujo têm acesso livre e diversificado.

 

A propósito, deixe-me contar-lhe a história da "minha malhadita"...

Não é que a comova, porque V.Exa. não se comove com nada, presumo. Caso contrário já teria tomado providências para cumprir a sua missão, ao invés de cumprir as directivas e procedimentos malvados do Canil que a colocam a violar a lei e as suas obrigações PARA COM OS ANIMAIS. Não é para a comover; é apenas para que perceba (se lhe restar capacidade para isso) a dimensão e a perversidade dos vossos actos de malvadez, quer para com os animais que estão habituados a confiar nas pessoas, quer para com as pessoas em quem eles confiam...
A "minha malhadita" é uma das crias que se vêem (mal) nesta foto a seguir, a mamar na gata mãe: uma siamês que por aqui andou muitos anos (mais de 10) a encher as casas dalgumas pessoas de gatos siamês. Esta seria a sua última ninhada. A gata siamês morreu, passados alguns meses.


A "malhadita" e os irmãos, com pouco mais de um mês, a mamar...




E que se vê melhor, nesta outra foto, já com pouco mais de 2 meses


A malhadita, com pouco mais de 2 meses, com a mãe a espreitar, do lado direito, e o seu irmão tigrado, do lado esquerda da foto, mais atrás.

A malhadita nasceu no jardim interior dum bloco aqui perto. Ajudei a cuidar dela e dos irmãos e tencionava encaminhá-los para adopção (só o tigrado é que foi adoptado) quando, um belo dia, um bêbado que mora nesse bloco decidiu embirrar comigo. A discussão passou a agressão e foi necessário chamar a Polícia (PSP).
"Pior a emenda do que o soneto". Os polícias, em vez de fazerem a sua obrigação, desataram a "fabricar" leis, em cima do joelho, toleraram tudo (até ameaças de morte) à meia dúzia de maginais que causaram a confusão (num bloco onde moram mais de 200 pessoas, incluindo gente que cuida destes animais) e ordenaram-me que retirasse a transportadora que eu tinha colocado lá para os abrigar da chuva e do frio, transportadora que já lá estava há mais de um mês e que foi lá colocada a pedido dos moradores que cuidam dos animais
Os 2 energúmenos ao serviço da PSP que se deslocaram ao local, contribuiram, decisivamente para que a malhadita (e a sua irmã também malhada) perdessem a oportunidade de serem adoptadas.
Disseram, os energúmenos, que iriam chamar o canil para apanhar os animais. Disse-lhes que o Canil não viria, até porque há funcionários do canil que moram por aqui e sabem que é um local onde as pessoas deixam os animais de casa andar na rua... Responderam, muito convencidos: -"se formos nós (polícia) a chamar, vêm"...
O canil não veio recolher os animais, jovens, que ficaram á chuva e ao frio, sem o seu abrigo habitual, e sujeitos à intempérie que se seguiu nos dias imediatos.
Não se podem culpar os agentes da PSP de terem tais atitudes, mas sim a edilidade que tem um "Programa CER" clandestino e demagógico, que usa só para calar as vozes incómodas, para enganar papalvos, mas que não o dá a conhecer, a quem deve, nomeadamente às forças policiais que actuam na cidade, E NEM SEQUER O DÁ A CONHECER E FAZ RESPEITAR pelos seus departamentos e funcionários, POLÍCIA MUNICIPAL incluída. Estes agentes da PSP têm as mesmas "ideias feitas" erradas e ilegais que são invocadas pelos funcionários do Canil para "justificarem" os seus desmandos.

A edilidade não dá a conhecer, a quem deve, a quem actua no terreno, o Programa CER, nem dá a conhecer a Lei, que está obrigada a respeitar; nem dá a conhecer as decisões que impedem, actualmente, a captura de animais na rua...

Voltemos à "malhadita".
A pedido das pessoas que tratam dos animais por ali, receosas das consequências da "ilegalidade" dos seus actos (de cuidar dos animais), agora enunciada pela atitude malvada dos 2 energúmenos da PSP, a malhadita e a irmã foram transferidas, às pressas, para uma outra casa com quintal onde os animais encontram abrigo mais facilmente... mas onde ficam menos acessíveis.
A malhadita foi a primeira a ser transferida e ficou sozinha (sem a irmã - o irmão já tinha seguido para o adoptante)... e quase sem comida devido à intempérie.
A malhadita não gostou da mudança e tentou voltar ao seu território, seguindo um gato preto jovem mas já adulto, que foi criado no dito quintal, quando este se afastou numa das suas saídas. Esse gato desapareceu meses depois, sem deixar rasto. Terá sido apanhado às ordens dalgum destes malvados a que nos referimos?
Só no dia seguinte foi possível transferir a irmã da malhadita, (malhada ela também), mas a malhadita já havia desaparecido.


Nesta foto vê-se a malhadita, com pouco mais de um ano e meio, um mês e meio depois de ter tido a sua segunda e última ninhada que sobreviveu...

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A malhadita, na tentativa de voltar para junto da irmã, perdeu-se e ficou nos jardins interiores do dito condomínio Fechado da Rua Tomás da Fonseca nº 26, onde várias pessoas cuidavam dela e a alimentavam e onde recebeu o "nome". Por último, depois de lhe terem conquistado melhor a confiança, a malhadita tomava pílula para não engravidar e planeava-se a sua esterilização.
Há, por aqui, várias gatas pretas malhadas de castanho e creme, tal como a malhadita; mas a malhadita tinha uma particularidade que a distinguia de todas as outras: tinha a pata esquerda, da frente, quase totalmente creme, quase branca... e por isso foi possível identificá-la quando uma pessoa que mora no referido condomínio fechado me contactou para tentar saber do seu paradeiro quando teve a sua segunda ninhada e fugiu de lá de dentro.

A malhadita viu e sofreu com o facto de 2 crias da sua primeira ninhada terem sido apanhadas pelo canil, com armadilha, às ordens da administração do tal condomínio. Sofreu outros maus-tratos, injustamente, a malhadita... Mas devido à sua má experiência com aquelas suas crias a malhadita não entrava em armadilhas. Porém, isso de nada lhe serviu, porque foi apanhada, pelo Canil, dentro daquele antro de perversidade que é o referido condomínio fechado (mas aberto e de fácil acesso para estes animais), no dia 18 de Janeiro deste ano, COM REDE.

Como havia várias pessoas que a alimentavam, a pessoa que mora nesse condomínio e a tomou ao seu cuidado e responsabilidade só se apercebeu de que ela tinha desaparecido cerca de 15 dias depois do acto ignóbil de que foi vítima. Deslocou-se ao Canil para a resgatar mas disseram-lhe, MENTINDO certamente, que fora adoptada... sem quererem informar o nome do adoptante. Eu só tive conhecimento da façanha mais de 3 semanas depois... quando já não havia nada a fazer.

Apanhada naquelas circunstâncias e com a dificuldade que há para entregar animais adultos para adopção, a malhadita morreu, certamente, (foi assassinada no Canil) tal como aconteceu com o meu gato cinzento, em poucos dias. Para evitar reclamações, o Canil opta por mentir às pessoas e assim encobrir os seus crimes....
 

Também aqui, no referido condomínio fechado, os animais são apanhados em violação da já citada alínea a) do nº 3 do artigo nº 1 da LEI 92/95 de 12 de Setembro, visto que não é exigivel, aos animais, que percebam que não podem entrar naqueles páteos a que têm livre acesso, apesar do cheiro do lixo e a ratos, porque a administração não quer. Digo "A administração", porque dentro desse condomínio há até quem cuide e trate desses animais, como já disse. Isso deveria bastar para os proteger... mas o Canil está sempre pronto a ouvir e a atender as ordens dos que são malvados, ignorando quem deve ser respeitado e ajudado. Também aqui, à face da lei, é a administração desse Condomínio que tem de vedar para impedir a entrada dos animais, não são os animais que têm de ser sacrificados. Até porque as pessoas decentes que moram ali reconhecem que tropeçavam em ratazanas enormes, nesses jardins, antes de haver por ali gatos de rua...

V.Exa., como veterinária, NÃO PODE CONSENTIR que aconteçam coisas destas aos animais. E não é pelo facto de o Canil ser chamado por algum escroque, maltratante de animais, ou mesmo pela Polícia, desinformada e ignorante, que esses actos malvados passam a ser legítimos e/ou justificados; ou que acabam as suas enormes responsabilidades neles...

 

Vejamos melhor a questão da legislação:

Para "justificar" estes actos pérfidos dos funcionários do Canil, veterinários incluídos, em desrespeito flagrante pelas obrigações legais que lhes estão atribuídas, V.Exa. invocou o disposto no nº 1 do artigo 8º do Decreto-Lei 314/2003, de 17 de Dezembro.
Porém, o referido artigo fala de "Captura de cães e gatos VADIOS OU ERRANTES".
A alínea c) do artigo 2 do DL 276/2001, de 17 de Outubro, que pretende transpor para a legislação nacional as Directivas Comunitárias define:
c) «Animal vadio ou errante» qualquer animal que seja encontrado na via pública ou outros lugares públicos fora do controlo e guarda dos respectivos detentores ou relativamente ao qual existam fortes indícios de que foi abandonado ou não tem detentor e não esteja identificado;

Os animais, por aqui, não são vadios nem errantes; não se enquadram, de modo algum, nesses conceitos; estão sob o controlo e vigilância de quem cuida deles (tal como os de casa que têm acesso á rua)... Aliás, qualquer animal que se tenha fixado ou nascido num determinado local (como é o caso) e que tenha quem o cuide, não pode ser considerado “vadio ou errante”...

Convido V. Exa. a ler a definição de "detentor" apenas para que perceba que a inquirição a que nos submeteu e as exigências que nos fez não estão contempladas na Lei.

Tanto os responsáveis do "ActiveLife" como os funcionários do Canil sabem que os animais, por aqui, têm quem os cuide, alimente e se preocupe com eles; isto é: que têm "detentor". Para não falar nos animais de casa que saem à rua porque lhe têm acesso fácil e que são apanhados também... sem que os seus donos os reclamem, para não se sujeitarem aos maus tratos e terrorismo de que nos queixamos

Acresce ainda que:
- O Canil não captura animais na via pública, actualmente... Acho que não necessito de explicar por quê;
- Os animais capturados ou encontrados na via pública devem permanecer no Canil durante 8 dias de modo a poderem ser reclamados pelos respectivos "detentores"...
Portanto, não é pelo facto de um animal ser encontrado na rua que pode e/ou deve ser imediatamente classificado de “vadio ou errante”, como os funcionários do Canil, veterinários incluídos, pretendem fazer crer a quem tenta SALVAR estes animais das suas garras.

E, mesmo que os animais fossem errantes, o nº 1 do artigo 5º do já citada Lei 92/95 DETERMINA:

Animais errantes
1 - Nos concelhos em que o número dos animais errantes constituir um problema, as câmaras municipais poderão reduzir o seu número desde que o façam segundo métodos que não causem dores ou sofrimentos evitáveis.

Portanto, até para capturar os animais errantes (não estes, que o não são), o Canil tem de ter um documento oficial que especifique e justifique tal acção, assinado por quem de direito. Não é qualquer malvado, mesmo que polícia, que determina quando e onde os animais errantes, se existirem (e existem, na realidade reconhecida pela Lei) devem ser apanhados e maltratados, torturados, assassinados...

Isto é apenas para sublinhar que cada artigo ou alínea, de cada lei, é genérico e relativo, tem de ser aplicado parcimoniosamente, apenas e só quando se justifica e com estrita observância das restantes normas e leis; um artigo ou alínea não pode ser (mal) interpretado às cegas nem isoladamente sem ter em conta outras normas e leis, como entendem os funcionários do Canil, V.Exa. incluída. E nem a interpretação da Lei pode estar assim á mercê de qualquer um e do seu duvidoso caracter, mormente quando disso resultam actos proibidos por lei e condenados pelas pessoas mais evoluídas e sensatas da sociedade.

Prometi à sra. veterinária que especificaria as leis e respectivos artigos que são violados (ignorados) sitematicamente pelo Canil e seus funcionários, veterinários incluídos. Ora vejamos:
O Decreto-Lei nº 276/2001, de 17 de Outubro, que pretende "tomar as medidas necessárias para pôr em execução as disposições da Convenção Europeia para a Protecção dos Animais de Companhia",
estipula:

no nº 3 do artº 4 — "Exceptuam-se  do disposto no nº 1 os centros de recolha oficiais, os quais ficam sob a responsabilidade técnica do médico veterinário municipal".
* Portanto, sra. veterinária, é a sra (e os seus colegas) que é responsável pelas barbaridades cometidas no Canil; compete-lhe impedir que aconteçam e não maltratar as pessoas para as desculpar e legitimar, como fez conosco...

No nº 2 do artº 7 — "Nenhum animal deve ser detido (...) se não se adaptar ao
cativeiro".
* O meu gato cinzento morreu, nesse antro que é o Canil, em 7 dias, devido à forma como foi capturado, porque foi maltratado E PORQUE, por tudo isso, NÃO SE ADAPTAVA AO CATIVEIRO. Isto apesar de eu ter telefonado a perguntar por ele e de o ter tentado, por todos os meios, resgatar, no que fui torpedeada e impedida pelos funcionários do Canil que me mentiram e mentiram e mentiram;
* A minha malhadita, certamente, teve o mesmo destino;
* A gatinha preta que resgatámos aquando desta minha última visita foi-nos entregue com 3 feridas no focinho, motivadas por se amandar contra as grades... PORQUE NÃO SE ADAPTAVA AO CATIVEIRO. Se não tivesse sido resgatada, certamente teria o mesmo destino.
* Quantos outros animais, cujos "detentores" são menos evoluídos intelectualmente e mais susceptíveis ao vosso terrorismo psicológico (eu conheço muita gente assim) já foram sacrificados, dessa maneira ignóbil e perversa, pelo Canil, debaixo do seu nariz? Essa sua consciência (se tivesse uma) deve pesar como chumbo...

Acresce que o nº 3 do artº 13 do mesmo DL estipula — "Todos os animais devem ser alvo de inspecção diária, sendo de imediato prestados os primeiros cuidados aos que tiverem sinais que levem a suspeitar estarem doentes, lesionados e com alterações comportamentais".
* Portanto, V.Exa. não pode alegar que desconhece... não pode desconhecer...

Todos estes animais foram capturados e encarcerados sem motivo, violando as leis. Compete-lhe a si, sra. veterinária (e aos seus colegas) IMPEDIR que tais barbaridades aconteçam. São crimes (a lei designa-os, eufemisticamente, "contra-ordenações") que deviam pesar na sua consciência.

Nos nºs 1 e 2 do artº 8 deste mesmo DL determina-se:

1 — Os animais devem dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e etológicas, devendo o mesmo permitir:

a) A prática de exercício físico adequado;

b) A fuga e refúgio de animais sujeitos a agressão por parte de outros;

2 — Os animais devem poder dispor de esconderijos para salvaguarda das suas necessidades de protecção, sempre que o desejarem.


Quando, no Verão de 2010, a sra. veterinária me entregou esta cria (que se vê na foto a seguir) da minha gatinha preta nº 4  durante a discussão feia que tivemos, V.Exa. pretendeu que os animais encarcerados no Canil estavam bem porque tinham comida... Como vê, e tal como eu lhe disse logo, porque é evidente, a LEI diz que não é assim. Os animais também concordam comigo, por isso alguns preferem morrer...

O nº 2 fica aqui reproduzido porque, nesta conversa mais recentre, eu fiz-lhe referência e a sra. veterinária disse que não conhecia e desafiou-me a que a informasse qual a lei, alínea, artigo, etc. Aqui fica. Voltaremos a falar dele mais adiante...



Esta cria esteve fechada, dentro da carrinha OT-35-33, durante mais de cem horas (100), sem comida, sem água, sem nada. Ficou fechada na carrinha quando esta estava no Parque de Abandonados do Vale do Forno, a carrinha foi removida, toda a gente ouviu os gritos de aflição do bicho... que veio a ser libertado na Quinta dos Barros, mesmo ao lado da Segunda Circular. Comuniquei às estruturas da CML que a cria se encontrava encarcerada dentro da Carrinha, no mesmo dia em que ela lá ficou encurralada, numa quarta-feira, por incompetência dos funcionários do Canil. A cria foi retirada de dentro da carrinha numa tarde de Domingo, depois de eu ter passado horas junto da carrinha, com comida para o animal, acompanhada durante algum tempo pelo sr. Eng RD, que acabou desistindo. Depois de ter telefonado "n" vezes para a Esquadra de Carnide, de ter berrado e insultado toda a gente, depois de ter telefonado para o atendimento ao Munícipe da CML, depois de ter gasto uma fortuna em chamadas do meu telemóvel. Depois de ter sido maltratada, ameaçada, provocada e injuriada pelos 2 agentes da PSP que estiveram no local, ao mesmo tempo que estes bajulavam o dono da carrinha que tem aspecto de marginal, modos de marginal E FAMA de marginal... Esta cria foi, finalmente, retirada de dentro da carrinha, dei-lhe a comida que tinha comigo e a seguir a cria foi PRESA e levada para o Canil... para passar mais umas horas de fome, porque não comeu nada enquanto não saiu do Canil. Depois disso tudo ainda fui maltratada e injuriada por V Exa., sra. veterinária, que me queria impor, com chantagem até, que eu assinasse um texto escrito por si, com umas quantas mentiras, sem qualquer valor, mas que V.Exa. entendia como uma humilhação e "confissão" da minha culpa... apenas porque não consenti que o animal fosse barbaramente assassinado dentro da referida carrinha, tarefa que lhe compete a si, sra. veterinária.



O PROGRAMA CER

Este programa é uma fraude. Existe apenas para enganar tolos. Não existe, de todo. É pura propaganda demagógica para calar vozes incómodas; vejamos por quê.

Na conversa conosco V. Exa. informou que os animais que procurávamos tinham sido capturados a pedido do "ActiveLife", dentro das instalações deste clube... e pretendeu nos incriminar pelo facto, dizendo que os animais não podiam estar na rua e ameaçando que, se voltassem a ser apanhados não nos seriam entregues novamente, tudo isto sem qualquer preocupação para com os animais, seus direitos e bem estar, como lhe compete por profissão QUE V.EXA. ESCOLHEU... e à margem da LEI
Até que o Sr. Eng. RD disse que gostaria de saber por que razão existem colónias de gatos nas ruas de Lisboa, cuidados por conhecidas Associações de Animais. V.Exa. respondeu que isso era diferente e falou do programa CER perguntando ao Sr. Eng RD se queria aderir, uma vez que já havia declarado a sua indisponibilidade para falar comigo...

Vejamos porque é que o Programa CER é uma fraude e pura demagogia:
- No seu afã de "justificar" os actos ilegais, de pura maldade, praticados pelo Canil com a sua conivência, V.Exa. entreteve-se a "mimosear-nos" com maus tratos e não teria falado no dito Programa CER se não fosse a observação de quem me acompanhava. Se o Programa CER fosse realmente um programa sério, era sua obrigação, como coordenadora do dito, tê-lo apresentado espontaneamente antes de, e em vez de, nos tratar como criminosos, injustamente;
- V. Exa. não falou espontaneamente do dito programa, nesta conversa, como também não falou dele quando me entregou a cria da minha gatinha preta nº 4, no final do verão de 2010, já referida acima e com foto;
- Sendo V. Exa. veterinária eu lembro-lhe que a suas obrigações deontológicas são PARA COM OS ANIMAIS e não os distinguem ou descriminam em função dos programas inventados pelos humanos para se enganarem uns aos outros;
- Entre os muitos absurdos e contrasensos que V. Exa. expressou salta à vista a forma discriminatória como entende e trata os animais, reconhecendo direitos apenas aos que têm dono (de papel passado e desde que aprisionados dentro de casa) e considerando todos os outros (e quem os cuide ou se preocupe com eles) criminosos a punir e/ou a eliminar... Como é que isso pode fazer sentido para si, como veterinária? A Lei não diz nada disso; não descrimina os direitos dos animais em função da sua situação na sociedade... de que eles não têm culpa nenhuma.

Ainda assim, o Programa CER, diz algumas coisas acertadas e teria potencialidades, SE FOSSE APLICADO COM HONESTIDADE E IDONEIDADE.

Foi a senhora veterinária que nos deu uma folha com as permissas desse programa mas, a julgar pela sua conversa, NÃO O LEU. Por isso aqui ficam transcritas as partes positivas:

O Programa CER "justifica-se" como se especifica a seguir:

Rejeita a captura e abate dos animais como "solução" dizendo:
"Com a captura reduz-se, temporariamente, a população de gatos errantes num determinado local, o que aumenta as probabilidades de sobrevivência dos restantes e encoraja a migração de outros para essas "zonas limpas".
É a constatação duma evidência, eivada de ideias disparatadas embora. Aproveitemos o que é válido.

Apesar do programa CER dizer isto, O Canil (que devia actuar sob a sua orientação) captura os gatos no "ActiveLife" e no referido Condomínio Fechado, sem que a sra. veterinária ou os seus colegas se dêem à maçada de verificar a situação e de informar os respectivos responsáveis da inutilidade desses actos perversos. Nós tentámos fazê-lo em relação ao "ActiveLife", mas em vão. Não os podemos censurar. Afinal somos apenas os "detentores" clandestinos e "malvados" que protegem os animais. Pois se o Canil, sendo a instituição oficial competente para lidar com a questão, acha muito bem capturar os animais...
Como é que alguém de bom-senso vai acreditar no Programa CER?
Trate de corrigir essas situações, até para não "sobrar para si" como já demonstrei acima, devido às suas responsabilidades quanto ao que acontece aos animais capturados, QUE VOCÊS DEIXAM MORRER violando a LEI.

Diz, igualmente, o referido Programa:
* Está provado que este método apresenta as seguintes vantagens: (os gatos repostos no seu local de origem)
* (...)
* Ajudam a combater os roedores
* (...)
Porém, nesta nossa conversa, a sra. veterinária achava que a solução para os animais que resgatámos era fechá-los no já referido quintal... para não perturbarem os responsáveis do "Active Life"
E como é que esses animais iriam "ajudar a combater os roedores" não me explica? Por telepatia, certamente! Além disso, as zonas que eles frequentam ficariam igualmente disponíveis para a fixação doutros...

Continuando a citar o Programa CER:

(...)aconselham-se que sejam tomadas as seguintes medidas:

* Adopção duma área convenientemente vedada, com cobertura total ou parcial, constituindo um abrigo, proporcional ao número de gatos (...) a qual funcionaria como área de repouso, de alimentação e dejecção...

Totalmente de acordo. Até porque, afinal, o Programa CER limita-se a reproduzir as condições previstas na lei... que a sra. veterinária me disse desconhecer.

É fácil implementar isso por toda a cidade mas, ao invés de o fazer aproveitando o que existe e mobilizando as pessoas que cuidam dos animais, O Canil (e a sra. veterinária com mais responsabilidades como coordenadora desse "programa") entretêm-se a maltratar os animais e as pessoas que ousam socorrê-los.

E, no entanto, a implementação destas condições (que deveriam fazer parte, naturalmente, do "mobiliário urbano") poderia resolver o problema do "ActiveLife".

Eu sei, por experiência, como estes animais gostam desses abrigos e do conforto que se lhes pode proporcionar neles (já tive um, clandestino apesar do programa CER, com 8 gatos jovens) e sei que os animais, se tiverem abrigo e condições no local onde se lhes dá comida, ou próximo, NÃO VÃO, ao frio e à chuva, em busca doutro local para se recolherem, ainda por cima sendo necessário entrar em tubos e não havendo cheiro a comida.

Resolve o problema do "activeLife", certamente, mas não resolve o problema do condomínio, pelos motivos já expostos.

Por aqui há muito espaço onde se pode (e se deve) fazer isso. Agora mesmo eu tenho em mãos uma outra reclamação dirigida à edilidade, acerca da ocupação obscena e injustificada, de espaço onde havia hortas e onde os animais tinham refúgio, espaço que foi cedido para instalar, com o Apoio da edilidade, um conjunto de ACTIVIDADES ECONÓMICAS, difarçadas de "Complexo Desportivo".

Logo que reclamei daquele amontoado de absurdos, no início da Obra, referi o problema dos animais. O Programa CER é tão sério e honesto que ninguém ligou nenhuma, apesar de me terem respondido o contrário... e ninguém teve necessidade de consultar a sra. veterinária acerca da necessidade (o local é mais do que adequado e existe espaço de sobra, que agora está usurpado, com a benção da CML) de instalar e manter tais abrigos, previstos na lei e no Programa CER.
Há outros locais onde esses abrigos se podem e devem fazer... e isso faz-se a custo zero. Se a sra. veterinária (ou alguém idóneo e honesto) quiser eu explico melhor...

O que eu rejeito no Programa CER e por quê não adiro a tal programa:

Antes de mais porque não é um programa sério, como fica demonstrado; é um puro instrumento de demagogia, uma arma de agressão para amandar à cara de quem se preocupa, honestamente, com os animais, como já fizeram comigo, aquando do caso do meu gato cinzento, por exemplo;
Não é um programa sério, é demagógico e falso, para enganar os tolos, até porque tudo se passa, no programa CER, como se a responsabilidade fosse dos munícipes e não da edilidade; como se aqueles tivessem que implorar a benesse de poderem gastar dinheiro e tempo (que a mim me falta) sujeitando-se a tudo, submetendo-se a quem tem este tipo de comportamentos condenáveis; ou seja: é pagar para ser funcionário da CML e se sujeitar a maus-tratos, fazendo o que compete à edilidade e sendo mal tratado "como recompensa";

Além disso eu nunca colaboraria com um programa que prevê e impõe a esterilização generalizada e cega (contrária à LEI) de todos os gatos, levando, como é óbvio e inevitável, ao seu extermínio. Eu não colaboro com programas que visem, encapotadamente, exterminar uma espécie e/ou reduzir-lhe a diversidade de forma drástica. O efeito dessa prática cega (e nazi) já se faz sentir: já existem situações e locais onde há mais gente procurando crias do que crias disponíveis para adopção.

No primeiro papel que eu recebi, por email, falando do programa CER, dizia-se qualquer coisa do tipo: "se as pessoas divulgassem o Programa CER..." seguindo-se o chorrilho de lamechices habituais e disparatadas.
Se as pessoas divulgassem o Programa CER???
 Porque é que a edilidade não faz isso, nem mesmo quando se impõe e se justifica que o faça?
Porque é que não o divulga, ao menos pelas forças da ordem e seus funcionários (todos os funcionários), INCLUINDO A POLÍCIA MUNICIPAL?
Porque é que, de cada vez que o Canil é chamado, não há nenhum responsável que se desloque aos locais, Identifique e esclareça as situações, Indague e DIVULGUE o Programa CER, ao invés de ir a PSP ou a Polícia Municipal, maltratar e multar as pessoas que deviam ser convidadas para aderir ao Programa CER?

As pessoas é que têm que divulgar? Então isto não é demagogia pura e cinismo?
Sabe quantas vezes eu já fui ameaçada de ser multada por cuidar dos animais? Fui ameaçada por particulares, pela PSP e pela POLÍCIA MUNICIPAL
E as outras pessoas que cuidam dos animais, por aqui, sujeitam-se a maus tratos constantes e a ameaças várias por parte de gente mau caracter, nomeadamente de que chamarão o Canil para apanhar os gatos. Eu sei que o Canil não vem, mas essas pessoas ainda não sabem. Eu digo mas não ficam convencidas... Pois se a Polícia diz o contrário...
E os que ameaçam estão convencidos de que estão a colaborar com a edilidade e que a razão está do lado deles, porque o comportamento do Canil assim deixa transparecer, desde HÁ MUITO TEMPO.

Ainda há, por aí, polícias que abordam as pessoas a dizer que é proibido alimentar os animais...
Se a Edilidade (e o Canil, obviamente) divulgassem o Programa CER, até a mentalidade das pessoas mudaria e se atenuaria a intolerância para com os animais, que agora domina e que tantos problemas causa.
Não é só o Programa CER que a edilidade oculta dos seus funcionários.
Como já disse, há por aqui uns blocos de casas económicas onde moram funcionários da Câmara e dos serviços de Limpeza (DHURS). Mas, se morre algum animal por aí, nas ruas, SÓ EU é que chamo o Canil. As outras pessoas, funcionários incluídos, põem no lixo... ou enterram. Que obrigação tenho eu de gastar dinheiro com telefonemas para o Canil, quando, nalguns casos, bastaria que os funcionários da edilidade comunicassem as ocorrências pelos telefones internos (ou aos seus chefes para serem comunicadas)? Os funcionários da edilidade estão isentos das obrigações dos munícipes porquê?
E pronto. Espero que a minha canseira tenha alguma utilidade, porque já basta de maus tratos e desconsideração, de maldades gratuitas e desnecessárias, de a edilidade gastar dinheiro mal gasto para cometer ilegalidades.

Talvez um dia destes eu aproveite as "Reuniões decentralizadas" de quem não quer ouvir os munícipes, como eu posso comprovar... e confronte a Assembleia, MAIS UMA VEZ, com estes atropelos todos (e com as respostas disparatadas e insultuosas que a edilidade dá a quem reclama, inclusive na Assembleia Municipal).


Atenciosamente
(EU)

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APELO!
Participação Cívica e Direitos Fundamentais:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
--- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
(Nota: Alguns dos sites "linkados" começaram por boicotar a petição impedindo as pessoas de assinar e, mais recentemente, suprimiram a página com as assinaturas. Apenas "Gopetition" se mantém acessível sempre)
«»«» -- Denúncia de Agressão Policial
--- Com actualizações AQUI e AQUI
«»«»
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Drama Da Gatinha Preta e Das Suas 5 Crias

Atrocidades e Crimes Das Estruturas da CML.



 A gatinha preta acabada de recuperar da Serra da Luz, juntamente com as suas crias, depois da odisseia relatada neste texto e nos outros sobre o memo tema...

Pode ler o resumo de toda a história, com os pormenores que interessam, NESTE TEXTO publicado recentemente (Setembro de 2012)


O início desta história começa AQUI. Este texto é uma actualização para dar conta do Estado da situação, passados 9 dias (nove) do início da intervenção da Polícia Municipal, depois de eu ter escrito várias reclamações e mensagens sobre o tema aos dsiferentes departamentos da CML, como os exemplos que transcrevo abaixo.
A minha vida, estes últimos dias tem sido um inferno, vivido em constante sobressalto e aflição. O PIOR PROBLEMA, ignorado, DOS MAUS TRATOS AOS ANIMAIS, são os maus tratos para com as pessoas que se preocupam com os animais.

Vou transcrever as mensagens, enviadas depois de publicado o texto anterior, pela ordem em que foram escritas.

Mensgens enviadas para: municipe@cm-lisboa.pt; geral@cm-lisboa.pt; aml@cm-lisboa.pt; pm@cm-lisboa.pt e transcritas em Atendimento online.

1. "Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33
Date: Wed, 11 Aug 2010 14:43:37 +0000

Exmo. Senhor Comandante da Polícia Municipal de Lisboa
Escrevi, há 5 dias, a mensagem abaixo mas, até agora, não obtive qualquer resposta nem o problema foi resolvido. Já o acto (que agora parece ter sido premeditado) de rebocar a carrinha com a ninhada dentro, é duma maldade inultrapassável e intolerável numa instituição que devia fazer exactamente o contrário: fazer respeitar e respeitar as leis, nomeadamente as de defesa e protecção dos animais.
O que dizer da situação actual e da ausência de resposta adequada de TODOS os responsáveis?
É revoltante a forma como a actuação da Polícia Municipal complicou, até aos limites do absurdo, uma situação de fácil resolução, que só não foi resolvida de forma simples e célere porque os 2 agentes da P.M. que se deslocaram ao local, não quiseram.
O Agente Miranda estava muito mais preocupado com o seu relógio (disse claramente que o seu relógio era muito mais importante para ele do que a ninhada de gatinhos dentro da carrinha) apesar de estar ali em serviço e dever fazer cumprir as leis de defesaa e protecção dos animais em vez de estar preocupado com o seu relógio... que não tem protecção legal; e a sua colega afirmou, inequivocamente: "os felinos safam-se", dando a entender que, terminada a sessão de "caça à multa", nada mais os preocupava.
Ou seja: "os felinos safam-se" (ou não, não importa. O que não se vê, ou não se quer ver, não conta) e os srs. agentes tratavam de "se safar" também, aproveitando o facto de terem sido chamados ao local, para passar umas multas... e só isso.
Claro que, tendo sido forçados a voltar ao local para fazer o que recusaram fazer, na primeira vez, era de esperar que contribuissem para agravar a situação ao invés de a resolver... e assim aconteceu.
O pior problema deste País é este mesmo: cometerem-se toda a espécie de atropelos e desmandos, de dentro das instituições, SEMPRE COM TOTAL IMPUNIDADE. É isso que faz com que a nossa situação seja tão desastrosa. Mas as pessoas acabarão por acordar para essa realidade...
Para que será que a sociedade suporta os encargos com instituições assim?
Para os agentes andarem, por aí, a inventar pretextos para passar multas?

Para retaliar do facto de eu ter feito a reclamação referida na mensagem anterior, os srs. agentes não hesitaram em molestar ainda mais os pobres animais (que, para eles, não têm qualquer importância, apesar das leis) e as suas hierarquias são complacenters com isso... vá-se lá saber porquê!
Diz o povo (e eu espero que tenha razão) que os maus tratos contra os animais nunca ficam impunes.
Eu espero ver a vossa desgraça individual e colectiva confirmar o provérbio.
O que a Polícia Municipal fez àqueles animais, e continua a fazer, apesar de todos os meus esforços para minorar os danos, não pode deixar de ter o castigo merecido...
Eu sou uma pessoa que não desisto de defender quem confia em mim, como é o caso da gatinha... e que encontro sempre uma "solução". Por esta situação, e pela forma como tem sido tratada, apesar dos meus esforços, posso imaginar a quantidade de atropelos cometidos por vós, por aí, e as respectivas terríveis consequências, quando encontram, pela frente, pessoas menos determinadas...
O vosso problema é não terem qualquer noção de limite, ignorarem a verdadeira lógica do Mundo e desconhecerem as terríveis consequências do ódio que semeiam...
Espero que chegue a vossa vez de terem uma urgência... atendida com presteza igual à da vossa atenção dada a este assunto... TÃO SIMPLES DE resolver.
Atenciosamente"

2. "Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33Date:
Wed, 11 Aug 2010 23:38:29 +0000

A situação descrita no email anterior teve, entretanto, novos desenvolvimentos... igualmente desastrosos.
Pouco antes das 18 horas de ontem soube, por intermédio da médica veterinária que costuma me ajudar na assistência aos animais, que o Canil teria recolhido uma das crias, de dentro da carrinha referenciada em "Assunto", que se encontra no parque de veículos abandonados, no Vale do Forno.
Dirigi-me imediatamente para o local e fui logo confrontada com informações contraditórias acerca da situação. Entretanto chegaram os funcionários do Canil, para recolher a(s) armadilha(s) (que estava vazia, a que eu vi). Disseram-me que tinham recolhido uma das crias e que havia outra que fugira da carrinha, restando, portanto, para capturar, essa mesma cria e a gata mãe. Dentro da carrinha, segundo a versão destes funcionários, não havia nenhum gatinho e o buraco por onde eles entravam e saíam tinha sido tapado.
Fui ainda informada de que a Polícia Municipal dera ordens para que eu fosse impedida de entrar e dar assistência à gatinha. Já antes tinha percebido pressões sobre os guardas do parque e respectivo chefe, para que estes me dificultassem a vida, não me permitissem dar comida e assistência á gatinha, etc....
A gatinha, que permanecia longe de alcance, debaixo dos carros, só veio ao meu chamado. E logo os funcionários do Canil ameaçaram que se aproveitariam para a apanhar, com violência (com rede), se eu não a retirasse do local. Apanhei a gatinha, mas quando estava a acertar os pormenores da ração que deixara, com o guarda de serviço, já depois do afastamento dos funcionários do Canil, percebi a presença de 3 das crias debaixo da carrinha em questão. Sendo óbvia a importância da mãe para manter as crias juntas, para as encaminhar para a comida e para facilitar a sua captura, fui até lá e deixei-a junto das crias. Percebi, claramente, o chamado, desesperado duma 4º cria que ficou retida dentro da carrinha e não conseguia sair.
Ou seja: as crias são 5 e não 2, como pretenderam me impingir os funcionários do Canil. Quatro estão no parque, 3 em liberdade e uma dentro da carrinha e a 5ª foi recolhida pelo Canil.
É inacreditável a incompetência e a insensibilidade dos funcionários da C.M.L. quanto a estas questões o que, COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER, tem resultados desastrosos em situações como esta que se complicam e agravam, complicam e agravam, complicam e agravam...
A Lei n.º 92/95 de 12 de Setembro, estipula, no capítulo III, artº 5º:
(...)se esses animais tiverem de ser capturados, isso seja feito com o mínimo de sofrimento físico ou psíquico, tendo em consideração a natureza animal(...)
Os funcionários do Canil fazem exactamente o contrário.
Aliás, o canil é um antro de perversidade, que actua ilegitimamente, SEMPRE.
Já antes, quando a carrinha ainda se encontrava estacionada na Azinhaga dos Barros, os funcionários do Canil, tendo sido chamados para retirar as crias de dentro da carrinha, preparavam-se para apanhar a gatinha mãe, deixando as crias abandonadas dentro da carrinha... E matando a gatinha mãe que, seguramente, não resistirá muitos dias em cativeiro, se apanhada nestas circunstâncias.
A vossa crueldade, gratuita, não conhece limites.
É por isso, pelo facto de o Canil actuar SEMPRE, de forma perversa e maldosa, que este é usado como forma de ameaça e chantagem sobre as pessoas em casos destes, como o foi, várias vezes, neste caso.
Com a colaboração da mãe gata, é fácil capturar as crias sem problemas e sem maus tratos... mas isso, que é o que está previsto na lei, é contra os "pergaminhos" do Canil (e vossos?).
A colaboração da mãe gata só eu posso assegurar...
No final disto tudo percebi a real intenção da proibição de eu ter acesso ao parque: em primeiro lugar para não me aperceber da continuação e agravamento dos disparates; em segundo lugar porque os agentes da Polícia Municipal e os funcionários do canil se preparavam para me enganar quanto ao número de crias dizendo que eram 2 e capturando 2 e era importante que eu não tivesse como perceber o logro....
Realmente conclui-se que essa gente é irrecuperável.
O que será que a vossa imaginação, em matéria de perversidade, reservará a estes pobres animais, amanhã?
Que mais motivos de indignação e de revolta ainda irei ter antes de terminar esta saga de absurdos e ilegalidades?"

3. "Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33
Date: Fri, 13 Aug 2010 01:12:33 +0000

Cá estou a escrever "o diário de Guerra" duma luta que parece não ter fim, em cuja um mínimo de dignidade e de rigor, nomeadamente no cumprimento da lei, já teriam resolvido o assunto HÁ MUITO.
Hoje (ontem dia 12 de Agosto a mensagem foi escrita de madrugada...), dirigi-me ao Canil, ao início da tarde e resgatei a cria que foi apanhada ontem, a cria estava e está aterrorizada, desorientada, traumatizada.


Como, ao contrário do que me tinham dito ontem (que apanhariam mais gatinhos), não encontrei mais nenhum no Canil, dirigi-me ao Parque de abandonados para saber o que se passava e como estavam os animais, bem como o que tinha sido feito para resgatar a cria que ficou presa dentro da carrinha.
Fui impedida de entrar (e de dar assistência à minha gatinha).
Telefonei para o chefe dos guardas que me disse que falasse com a Polícia Municipal.
Como não consigo ligar para os telefones da P. Municipal, dirigi-me ao repectivo comando para reclamar da situação. Foi-me dito, da parte do Sr. Chefe Procópio Chapa, que o assunto não era com a P. Municipal, era com os respectivos serviços da Cãmara... e que me dessem o livro de reclamações para reclamar...
Começou o "jogo do empurra" e eu que me entretenha a reclamar, enquanto se concretiza a façanha de traumatizar, mal tratar e aniquilar os pobres animais em questão.
Se a questão é com os serviços da Cãmara, porque é que o chefe dos guardas me disse que era com a Polícia Municipal?
Esta gentalha infame, comete todo o tipo de actos ignóbeis, e ainda gozam com as pessoas envolvidas e nos molestam, ainda mais, com toda esta falta de pudor, de dignidade e de vergonha.
Quando e quem põe cobro a isto que é a verdadeira desgraça deste País????

Telefonei para o Canil e falei com o sr. Albino Almeida que me disse que iriam ao local recolher as armadilhas e os animais que lá estivessem. Voltei ao parque em busca de alguma informação sobre a questão e disseram-me que tinham apanhado a gata mãe, SÓ.
Fiquei em pânico em vista das terríveis consequências de tão pérfido acto e telefonei para o Canil, várias vezes, até que, na impossibilidade de falar com o Sr. Albino Almeida, o próprio funcionário de serviço à portaria me transmitiu que tinha perguntado à brigada e lhe responderam que não tinham apanhado animal nenhum...
Acredito em quem? Depois de tanta infâmia, que se agrava todos os dias apesar das minhas reclamações?
Depois de todas estas "andanças", depreendi que a proibição de entrar no parque terá sido obra "individual" de agentes da P. Municipal e dos funcionários do Canil, ABUSIVAMENTE.
Quando é que se acabam, de vez, com estes abusos e prepotências, pérfidos? (Quando é que essa gente passa a ser punida adequadamente?)

Contudo, quanto à situação urgente da cria que ficou retida dentro da carrinha, em risco de vida, nada foi feito.
O canil não faz o que deve, que tem obrigação de fazer, mas faz o que não deve, como por exemplo maltratar os animais. Pelos vistos as estruturas responsáveis pela CML ignoram estas minhas mensagens (ou limitam-se a enviá-las para os serviços respectivos sem análise, apreciação do conteúdo e consequentes instruções no sentido de serem adoptados os procedimentos adequados pondo fim aos actos pérfidos e infames, o que dá no mesmo que ignorar)... Mas eu tratarei de usar estas mensagens para ilustrar a falta de pudor (e a demagogia) dos responsáveis da CML, bem como a sua cumplicidade nestes actos ignóbeis e ilegítimos.



A gatinha preta, como é actualmente... um doce.

Sistematizando:
O canil não tem legitimidade para capturar e reter estes animais, como estão a fazer, MAL TRATANDO OS ANIMAIS e a mim.
O que a lei diz, acerca dessa questão, é que
- "São proibidas todas as violências injustificadas contra animais"
- "Nos concelhos em que o número dos animais errantes constituir um problema, as câmaras municipais poderão reduzir o seu número desde que o façam segundo métodos que não causem dores ou sofrimentos evitáveis"
Estes animais não são errantes e nem fazem parte de alguma sobrepopulação (nem consta que isso esteja definido em algum caso)... e subsiste ainda a última decisão da Assembleia Municipal quanto a essa matéria, que torna ilegais TODAS as capturas feitas pelo canil.
Os funcionários do Canil foram chamados para resgatar as crias de dentro da carrinha E SÓ.
Não foram chamados por mim (nem os quereria envolvidos porque já sei como é) mas fui eu que desencadeei o processo e sei bem o porquê. Também me expliquei bem (como costumo), portanto, não vou engolir os mal-entendidos, os "procedimentos" e "as regras" (de bandidagem), como desculpa para abusos intoleráveis.
A gatinha não é problema deles e nem têm qualquer legitimidade para a molestar.
A gatinha foi levada por mim para junto das crias e será retirada quando as crias me foram entregues, ou quando me for dada a possibilidade de as apanhar, UMA VEZ QUE OS FUNCIONÁRIOS DO CANIL SÃO INCOMPETENTES.
Os funcionários da Canil são incompetentes nas suas funções e, por isso, estão a maltratar todos os animais, incluindo a gatinha, a quem obrigam a passar fome para a obrigar a entrar na armadilha, por isso me impedem de entrar e cuidar da gatinha, como é meu direito (e da gatinha). Isto já dura há 2 dias e tem de acabar imediatamente.
Ao invés de fazer o que devem essa gente entretem-se a fazer o que sabe fazer, maltratar os animais desnecessariamente (as crias são fáceis de apanhar) mas não trataram do problema que é realmente grave e é consequência da incompetência deles: resgatar, libertar a cria que se encontra presa dentro da carrinha.
Acredito que uma situação destas pode gerar uma onda de indignação em todas as pessoas que dela tiverem conhecimento e não pouparei esforços para a divulgar.
Atenciosamente."


Uma das crias da gatinha preta. Eram 3 tigrados (Iguais) e 2 siamês. Este esteve fechado dentro da maldita carrinha durante mais de 100 horas. É referido neste texto mais recente... Como vêem está tudo na mesma... ou a piorar.



Outra das crias da gatinha preta. Eram 2 siamês. Esta foi entregue para adopção... a outra desapareceu...


A seguir o último email que enviei à CML sobre este assunto:

To: municipe@cm-lisboa.pt; geral@cm-lisboa.pt; aml@cm-lisboa.pt; pm@cm-lisboa.pt
Subject: FW: Ninhada de gatinhos dentro de carrinha abandonada, Matrícula OT-35-33
Date: Sat, 14 Aug 2010 18:25:30 +0000

O ponto da situação, actual, demonstra bem que uma boa parte dos problemas e crimes que existem na sociedade são provocados, instigados, pela má actuação das instituições, nomeadamente as polícias... E que a situação de descalabro que se vive, na nossa sociedade, é consequência directa dessa má actuação, QUE FICA SEMPRE IMPUNE, por mais que os cidadãos reclamem. Este exemplo demonstra bem que as reclamações, ao invés de servirem par resolver os problemas, são usadas pelos reclamados como forma de se eximirrem de cumprir as suas obrigações e darem resposta atempada aos problemas, como forma de ganharem tempo para consumarem os seus abusos e prepotências... e continuarem a ficar impunes.

Ontem, sexta-feira, dia 13 de Agosto de 2010, telefonei para o Canil Municipal de Lisboa, de manhã, preocupada com a cria retida dentro da carrinha desde 4ª feira, dia  11 de Agosto de 2010. Ao início deparei-me com o habitual muro de "impotência" (para corrigir os próprios erros). Talvez devamos dizer antes: ausência de vontade... 
Depois, de repente, já havia toda a boa-vontade do mundo, eu até poderia ir apanhar as crias de modo a acanbar de vez com a questão... e também se trataria do problema da cria retida dentro da carrinha. Ainda pensei que esta súbita manifestação de boa vontade e de bom senso se devesse a estas minhas reclamações, mas logo me foi dito que "subsistia" um problema: o dono da carrinha tinha informado que a levantaria, ontem e, se tal tivesse acontecido entretanto "não havia nada a fazer"...
Fui informada de que, afinal, o mau trato ilegítimo, desnecessário e absurdo, contra a fatinha mãe sempre se tinha concretizado: a gatinha tinha sido caprturada pelo canil e levada para as respectivas instalações... depois de sujeita a um período de fome prolongado, que a obrigou a ir comer dentro da armadilha.
Fui, a correr, resgatar a gatinha e constatei que estava desidratada e com muita fome, percebendo-se bem que foi obrigada a entrar na armadilha devido a ter sido sujeita a um per+iodo prolongado de fome... e também não comeu, NEM BEBEU, NADA depois de ter sido capturada... 
Logo a seguir, dirigi-me ao parque da abandonados, para tentar perceber o que fazer, e fui informada de que a carrinha tinha sido retirada, pelos donos, e que havia cria(s)(?), a miar, lá dentro. Quanto a verificar se tinham ficado crias, no parque, nem pensar. A proibição, ilegítima, prepotente e absurda, de me permitir acesso aos animais permanecia. Perante a minha afirmação da ilegitimidade do acto, a resposta (do chefe dos guardas que recusou identificar-se) foi: RECLAME!
Como se vê, não adianta reclamar, como não tem adiantado, até agora. E enquanto se mantiverem os procedimentos absurdos em relação às reclamações, e essa gente continuar impune de todos os abusos que comete, irá continuar a ser assim, por mais que isso moleste os cidadãos (munícipes) e lhes infernize a vida, por mais que isso incentive os comportamentos criminosos, como neste caso.

Juntei a gatinha com a cria que me foi devolvida pelo canil, mas a mãe, depoiis de verificar que a cria estava bem, exigiu saber do paradeiro das outras crias: não sossegava e miava desesperadamente. 
Dirigi-me, com a  gatinha, para o local donde a carrinha tinha sido rebocada e libertei-a. Ela conseguiu indicar a nova localização da carrinha e miava, desesperadamente, pelas crias. De dentro da carrinha ouvia-se o miado, desesperado, da cria ali bloqueada. A gatinha entrava e saía da carrinha, tal como fazia antes, mas não tinha acesso à cria. Das restantes 3 crias nem sinal. Não respondiam ao chamado, insistente, da mãe.

Dirigi-me à esquadra de Carnide e pedi ajuda para libertar a cria retida, mas os agentes que se deslocaram ao local não tinham a menor intenção de ajudar, por isso decidiram, em escassos 40 ou 50 segundos, que não ouviam nada... a gatinha continua desesperada à procura das restantes crias, mas a situação da cria retida dentro da carrinha é o que mais me preocupa, neste momento, porque a cria morre, se não for socorrida a tempo, e já passaram mais de 72 horas.
Devido a esse facto, telefonei para o atendimento urgente da CML, nº 808203232 e deixei mensagem para ser contactada. Fui contactada esta manhã mas, até agora, 18H56, o problema ainda não foi resolvido; ao invés disso, agravou-se. 
Parece que há alguém interessadíssimo em assassinar aquela cria (e fazer não sei o quê com as restantes 3 crias que eu suponho tenham ficado no parque de abandonados), e esse alguém conta com TOTAL IMPUNIDADE para os seus actos pérfidos, por isso me dizem, a cada passo: RECLAME!
Ao princípio da tarde de hoje, e porque a situação não me permite sossegar, nem dormir tranquilamente, contei a um amigo (o Engº Rui) a história e dei conta das minhas angústias. O sr. Rui achou que podia ajudar e foi tentar falar com a dona da carrinha, para que a cria fosse retirada. A mulher reagiu da mesma maneira irracional como vem reagindo desde o início, proferiu uma série de ameaças contra mim e, pior do que isso, chamou o filho mais velho que foi bater à porta da casa do meu filho e fazer escândalo. Ameaçou invadir a casa e fez várias ameaças e disse: - "Ninguém pode ficar em casa sempre! Quando saires à rua cais!". disse ainda: venho eu de Queluz por causa da merda dum gato.
O meu filho não estava em casa mas, se estivesse, como é seu direito, visto que a casa é dele, a situação (inteiramente criada pela má actuação de todas as entidades intervenientes) teria, certamente, consequências desastrosas. É assim que se engendram problemas, conflitos e violência, na sociedade, que são evitáveis e não aconteceriam, se as instituições actuassem correctamente. Esta história é (e continua a ser) um amontoado de absurdos, a ilustrar bem as reais causas do descalabro da nossa sociedade.
Quando será que as instituições percebem questões básicas como a de que, se se recusam a resolver os problemas quando eles são simples, eles acabarão por se complicar? Enquanto o problema não for resolvido eu não tenho sossego e tenho o direito de me queixar disso. Nenhum polícia, ou outro "operacional" qualquer, pode achar que tem o direito de me impôr os seus critérios... ainda por cima quando eles são cruéis e duma enorme falta de civismo, para além de serem ilegítimos.

Comuniquei a situação das ameaças à esquadra de Carnide, cerca das 17H02. Falei copm o sr. ag. Marques que mostrou a mesma má vontade que constatei, ontem, na actuação dos agentes que se deslocaram até à carrinha. Recusou-se mesmo a receber a denúncia, dizendo que era crime particular, de injúrias, e que teria que me deslocar a uma esquadra. Ainda tentou demover-me perguntando, insistentemente, se eu sabia a morada do indivíduo e só concordou em actuar, mandando alguém à casa do meu filho (mas não à casa de quem me fez as ameaças terroristas), quando eu lhe fiz notar que se tratava de ameaças de morte, com a indicação de que eu ficaria exposta logo que pusesse os pés na rua. Concordou em actuar, mas disse-me que havia uma situação urgente e que eu teria de esperar. São 19H19 minutos... ainda estou à espera. É o costume! Neste tipo de problemas a polícaia apenas contribui para molestar ainda mais as vítimas... depois de ter contribuído decisivamente para criar os problemas.
 



A mesma cria (Siamês) da gatinha preta




...
Peço, mais uma vez, a todas as pessoas que lerem esta história, que enviem emails aos serviços da Câmara, a mostrar indignação acerca desta questão e exijam ser informados do andamento dado ao assunto. As mensagens enviadas aquando da publicação do texto anterior tiveram algum efeito, mas insuficiente.
Essa gente não tem vergonha e, passada a onda, esperam que caia tudo no esquecimento, resultado de desesperarmos e desistirmos de denunciar. Por isso continuam, paulatinamente, a cometer os mesmos crimes de sempre.
Por favor, peço ajuda a todos!

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